Salário mínimo 2011

Publicado em 01 de setembro de 2010 às 09h34min

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A política de valorização permanente do salário mínimo, conquista da ação organizada das centrais sindicais iniciada em 2004, é responsável por 67% da redução da desigualdade social registrada no Brasil nos últimos anos.
A informação é do economista Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Segundo cálculos de Néri, os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, respondem por 17% da redução da desigualdade, e 15,7% desse movimento é motivado pelas políticas de Previdência Social.
Quem traz a informação é o jornal Valor Econômico desta terça (31). Os dados foram apresentados em seminário realizado na FGV paulista.
“O dado confirma a importância do fortalecimento da renda do trabalho no desenvolvimento do País. E derruba a velha tese dos neoliberais de que salário mínimo robusto causaria inflação”, diz o presidente da CUT, Artur Henrique, em seu blog.
Leia trecho da reportagem em que Néri comenta a redução da desigualdade social: "Na última década, a desigualdade de renda caiu como nunca em nossa história. O equivalente a 31,9 milhões de pessoas ascenderam à classe C, ingressando no mercado consumidor, ampliando a capacidade de nossa economia crescer", avalia Neri, para quem, no entanto, o futuro do país está nas classes A e B. "Quando terminarmos o processo de transferir pessoas das classes D e E para a C, passaremos a transferi-las da C para cima, o que gerará maior pressão sobre os ricos.
Os dados apresentados demarcam ainda mais a importância do processo de negociação que as centrais vão iniciar com o governo federal a partir desta semana, com o objetivo de garantir aumento real para o salário mínimo em 2011. O mínimo, segundo fórmula negociada pelo governo e pelas centrais, é reajustado todo primeiro dia de ano a partir da soma do PIB mais recente com a inflação do período. Como em 2009 o PIB foi negativo, isso, em tese, impediria um aumento acima da inflação.
“Mas isso não vai acontecer, já que foram reabertas as discussões para o próximo aumento, como já previmos”, completa Artur.
CUT
 

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