Empregos, escolaridade e experiência nas micro e pequenas empresas

Publicado em 08 de setembro de 2010 às 10h39min

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O nível de escolaridade dos trabalhadores nas micro e pequenas empresas apresentou melhora expressiva entre os anos de 2000 a 2008, segundo estudo do Dieese/Sebrae. Os empregados nas microempresas com ensino médio completo eram de 21,6% em 2000 e oito anos depois eram 42,1%.
Os dados constam do segundo Anuário do Trabalho nas micro e pequenas empresas divulgado esta semana.
Na microempresa, a indústria foi o setor onde a ampliação da participação dos empregados com ensino médio completo foi mais expressiva. A participação deles passou de 14,7% em 2000 para 36,1% em 2008.
O setor de serviços vem em seguida, com ampliação de 17 pontos percentuais na participação dos trabalhadores com ensino médio completo. Por outro lado, na construção ainda predomina o ensino fundamental incompleto, situação em que se encontravam 37,9% dos trabalhadores em 2008. Este indicador, em 2000, porém, era de 57,8%, havendo redução de 20 pontos percentuais no período.
Pequena empresa
No segmento da pequena empresa, em 2008, pouco mais da metade dos trabalhadores do setor do comércio tinha cursado o ensino médio completo. No caso do setor de Serviços, eles representavam 37,5% e na Indústria eles eram 36,1% do total empregado.
Experiência
Independente do setor de atividade econômica, houve queda na participação dos jovens (até 29 anos) nas micro e pequenas empresas entre 2000 e 2008. Houve aumento, entretanto, da proporção da população empregada acima dos 40 anos.
Nas microempresas da Construção, por exemplo, a proporção de quem tem 40 anos ou mais de idade passou de 33,0%, em 2000, para 40,2%, em 2008. Já os jovens (até 29 anos) empregados nas microempresas deste setor eram 37,4%, em 2000, e 31,1%, em 2008. Ainda em relação à faixa etária, foi observada a mesma situação nas pequenas empresas.
Geração de empregos
Ainda de acordo com o Anuário do Trabalhador, as micro e pequenas empresas geraram cerca de 9 milhões de postos de trabalho entre os anos de 2000 a 2008. O resultado corresponde a aproximadamente 54% dos empregos formais criados no país no período e representa uma média de 1,131 milhão de postos criados por ano no segmento.
No período, os empregos cresceram a uma taxa de 4,6% nas microempresas, enquanto nas pequenas, a expansão anual foi de 6,1%. Este último segmento registrou, portanto, crescimento acima do total geral de empregos, que ficou em 5,8%.
Conforme o levantamento, a expansão dos postos de trabalho foi acompanhada pelo aumento no número de estabelecimentos. Para as microempresas, esta ampliação deu-se a 3,8% ao ano enquanto nas pequenas empresas o crescimento anual foi de 6,2%. Em relação às empresas em geral, independente do porte, a expansão foi de 4%.
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