Apesar da crise financeira mundial houve aumento do trabalho formal

Publicado em 09 de setembro de 2010 às 08h44min

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Mais de 32 milhões de trabalhadores brasileiros tinham carteira assinada em 2009, ou seja, 59,6% da população que estava empregada. O total revela a entrada de 483 mil trabalhadores na formalidade em 2009, na comparação com o cenário do mercado de trabalho do ano anterior, segundo dados divulgados, nesta quarta-feira (8), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Mesmo com a crise mundial, a pesquisa mostrou um aumento de quase dois pontos percentuais no contingente de trabalhadores com carteira assinada. Todo o reflexo nos postos de trabalho não foi suficiente para atrapalhar a qualidade do trabalho no país”, afirmou Cimar Azeredo, gerente de integração da Pnad/Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE.
Garantias trabalhistas
O aumento da formalidade entre 2008 e 2009 foi constatado em quase todas as atividades. Entre os trabalhadores domésticos, por exemplo, neste mesmo período, a formalidade teve crescimento de 12,4% em 2009, ou seja, 221 mil trabalhadores passaram a ter a garantia trabalhista.
Se comparado a 2004, a Pnad constatou que “enquanto o contingente de trabalhadores domésticos cresceu 11,9%, o número de trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada cresceu 20%”.
O grupamento agrícola foi o único que registrou redução na formalidade em 2009 na comparação com 2008 (38,6% para 35,1%). “A atividade agrícola continua aumentando, mas há uma redução do contingente de pessoas empregadas na atividade agrícola principalmente em função da mecanização”, explicou Azeredo.
Segundo a pesquisa, em 2009, quase 50% da população ocupada estava em atividades da área de serviços, como alimentação, transporte, armazenagem e comunicação, administração pública, educação, saúde e serviços sociais, entre outros. No comércio, a mão de obra ocupada era de 17,8% seguido pela indústria (14,7%) e pela construção (7,4%).
Quase metade da população ocupada no ano passado tinha pelo menos o ensino médio completo. Os trabalhadores com nível superior completo representavam 11,1% em 2009.
DIAP
 

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