Ipea comemora 46 anos de estudos sobre o Brasil

Publicado em 29 de setembro de 2010 às 10h15min

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Não se desenvolve um país e se formula políticas públicas eficazes sem conhecer a fundo seu povo e sua situação socioeconômica. Esse é o objetivo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que há 46 anos produz pesquisas e informações sobre o Brasil, promovendo debates que baseiam a formulação de políticas públicas por parte do governo federal. O instituto comemou seu aniversário nesta terça-feira (28/9), em Brasília (DF), com a participação do seu presidente, Marcio Pochmann, o ex-ministro e presidente da instituição, João Paulo dos Reis Velloso, e do ministro Samuel Pinheiro Guimarães (Assuntos Estratégicos).
“O Ipea não é só um instituto de pesquisa. É um instituto de investigação, de planejamento aplicado. É o que o diferencia das universidades e das consultorias”, afirmou Marcio Pochmann. “Não existe uma instituição forte sem servidores coesos, integrados e articulados. Por isso, o Ipea conquistou alta credibilidade interna e externa também.”
O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, também comentou a importância de se conhecer os indicadores do país e ressaltou a diferença entre crescimento e desenvolvimento. “O desenvolvimento é percebido na medida em que um país aproveita cada vez mais os seus recursos – a força de trabalho, o capital, os recursos naturais e a tecnologia. Quando ele aproveita mais integralmente esses fatores, ele vai se tornando uma país desenvolvido. E esse é um processo de transformação estrutural que exige conhecer e estudar os indicadores do país”, explicou.
Para marcar a data, o Ipea divulgou a pesquisa Índice de Expectativas das Famílias (IEF), que mostra que 74% das famílias brasileiras se consideram em melhor situação financeira do que há um ano e que apenas 18% se dizem em situação pior. Com base nos dados da pesquisa, o Brasil deverá ter em 2010 o melhor final de ano da década em termos de consumo e a renda média das famílias brasileiras deverá ter 5% de aumento real em relação a 2009.
A pesquisa foi feita neste mês de setembro com 3.810 famílias em 214 municípios brasileiros e aponta que o crescimento da renda é um dos principais fatores que aumenta o otimismo das famílias brasileiras. Ainda segundo o estudo, as regiões Norte e Nordeste possuem a maior proporção de famílias que acreditam ter melhorado sua situação financeira, com 81,33% e 78,97%, respectivamente, seguidas de perto pelo Centro-Oeste, com 76,49%. Já nas regiões Sul e Sudeste, a proporção de famílias otimistas é levemente inferior, apesar de ainda permanecer elevada na escala do IEF, com 71,53% e 70,34% respectivamente.
CTB
 

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