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Publicado em 27 de dezembro de 2010 às 13h48min
Tag(s): Portal Vermelho
Uma delegação de líderes do oeste africano declaoru que irá à Costa do Marfim na próxima terça-feira (28) para tentar persuadir Laurent Gbagbo,o atual líder do país, a deixar a Presidência. Segundo anúncio da Chancelaria beninense, a delegação será constituída pelos presidentes de Benin, Cabo Verde e Serra Leoa. O bloco regional já havia ameaçado "usar a força" caso Gbagbo não entregue o poder a seu adversário, Alassane Ouattara, vencedor reconhecido das eleições presidenciais de 28 de Novembro.
A Costa do Marfim está à beira da guerra civil devido as incertezas políticas causada pelas últimas eleições presidenciais, em que os dois principais candidatos reclamam vitória.
Para escapar da violência que se seguiu ao pleito, cerca de 17 mil pessoas já fugiram do país, disse neste sábado (25) a agência de refugiados da ONU (UNHCR). Catorze mil destas pessoas foram para a Libéria, e outras três mil, para outros países da região.
A visita de líderes à Costa do Marfim segue a um comunicado do bloco regional de nações oeste-africanas (Ecowas), que na sexta-feira (24) ameaçou usar a "força legítima" caso Gbagbo se recuse a deixar o cargo de presidente e não aceite a vitória de Alassane Ouattara, seu adversário, reconhecido internacionalmente como o vencedor da eleição de novembro.
Até o momento, Gbagbo não tem revelou nenhum sinal de que vá ceder.
Neste domingo (26), um assessor do presidente, Yao Gnamien, contou à rede Al-Jazeera que os líderes estrangeiros têm primeiro de "ver a situação antes de decidir que ação deve ser tomada".
"A ONU não pode usar a força contra o presidente. A União Africana não pode usar a força contra o presidente. Devem primeiro identificar claramente qual o motivo desta crise. Por que precisamos usar a força em algum momento?", afirmou o assessor.
Eleição contestada
Gbagbo alega que a votação do dia 28 de novembro, que tinha como finalidade unificar o país após a guerra civil iniciada em 2002, foi fraudada em áreas do norte do país, controladas por rebeldes aliados ao adversário Ouattara.
A comissão eleitoral do país declarou Ouattara foi vencedor do pleito, mas o Conselho Constitucional deu a vitória a Gbagbo, a despeito de queixas da comunidade internacional.
Ouattara e seus simpatizantes estão isolados em um hotel no centro de Abidijan, protegidos pelas tropas de paz da ONU.
A União Europeia decidiu a semana passada aplicar sanções a Gbagbo e a 18 dos seus colaboradores próximos e conta ainda alargar esta lista. Para já, essas sanções implicam a proibição de passagem de vistos a estas pessoas, mas em breve vão significar também o congelamento dos seus depósitos bancários.
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