Ao falar da Comissão da Verdade, ministro do GSI diz que país não deve ficar olhando para trás

Publicado em 04 de janeiro de 2011 às 10h33min

Tag(s): Direitos Humanos



O Brasil não deve ficar olhando para trás e sim para frente, afirmou nesta segunda-feira (3) o novo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito Carvalho Siqueira, sobre a possibilidade de criação da Comissão da Verdade para investigar a violação de direitos humanos ocorrida durante o período da ditadura militar (1964-1985).
“Não vamos ficar nós, vendo situações do passado, pontuais, que não levam a nada. Temos que pensar para frente, na melhoria do nosso país para as nossas gerações e podemos estar perdendo tempo, espaço e velocidade se ficarmos sendo pontuais em situações isoladas do passado”, disse.
Pela manhã, a nova ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, defendeu a criação da comissão com o argumento de que “é mais do que chegada a hora” do país prestar esclarecimentos. “Como participante do Ministério da Defesa, como militar, o que eu posso dizer é que somos funcionários de Estado. O que o Estado determinar, cabe a nós cumprir e é isso que vamos fazer”, afirmou o general.
Ministro-chefe do GSI disse ainda que o dia 31 de março de 1964, deve ser tratado como fato histórico. “O que é o 31 de março de 1964? Golpe, movimento 'a' ou 'b', não. O movimento de 1964, hoje, já faz parte da história. Da mesma forma que um dia falamos do 11 de junho, da Batalha de Riachuelo, do 7 de setembro, proclamação da Independência do Brasil. Hoje, se nossos filhos e netos forem estudar em uma escola vai está lá o 31 de março como um fato histórico. Temos que ver o 31 de março como um dado histórico para a nação, seja com prós e contras, mas com um dado histórico. Da mesma forma os desaparecidos”, afirmou.
O general José Elito Siqueira também falou que não há, inicialmente, intenção de fazer mudanças no comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). “Somo funcionários do Estado então a tendência na Abin e em toda a GSI não é de mexer. Vamos, em princípio, manter as estruturas para termos continuidade no trabalho, mas claro, sempre haverá em uma área outra alguma substituição, que é natural”, disse.
Agência Brasil
 

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