Salário mínimo necessário seria de R$ 2,2 mil, segundo o Dieese

Publicado em 12 de janeiro de 2011 às 09h48min

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O salário mínimo pago no Brasil deveria ser de R$ 2.227,53, de acordo com cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Este valor, que leva em consideração o custo da cesta básica de alimentos em dezembro, é o mínimo necessário para atender o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
O montante corresponde a 4,37 vezes o salário mínimo em vigor no mês passado, de R$ 510,00. Em dezembro de 2009, o mínimo foi estimado em R$ 1.995,91, o equivalente a 4,29 vezes o salário mínimo então em vigor, de R$ 465,00.
Cesta e jornada
Para comprar a cesta básica de alimentos em São Paulo - capital onde os produtos são mais caros -, o consumidor teve de desembolsar R$ 265,15 em dezembro, o correspondente a 56,51% do salário mínimo líquido.
A jornada de trabalho necessária para comprar os alimentos essenciais de um trabalhador que ganha o mínimo foi, na média das 17 capitais, de 98 horas e 11 minutos em dezembro, praticamente o mesmo tempo registrado em novembro, de 98 horas e 12 minutos, mas quase três horas a mais que o tempo estimado para dezembro de 2009, de 95 horas e 20 minutos.
Resultado semelhante pode ser obtido quando se compara o custo médio da cesta e o salário mínimo líquido (após o desconto da contribuição previdenciária). Em dezembro, o custo da cesta representava 48,51% do mínimo líquido; em novembro, o percentual correspondia a 48,52%, enquanto em dezembro do ano passado atingia 47,10%.
Em 1º de janeiro, o salário mínimo foi reajustado para R$ 540, porém o valor ainda deverá sofrer alteração. O assunto está em debate no Congresso Nacional. As centrais sindicais defendem um mínimo de R$ 580 e pediram uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para debater a questão. A correção definida pelo governo não repõe as perdas impostas ao mínimo pela inflação.
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