Brasil rejeita pressão para entrar na guerra afegã, diz WikiLeaks

Publicado em 17 de janeiro de 2011 às 10h42min

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Os Estados Unidos pediram ao Brasil que contribuísse na guerra do Afeganistão, mas o País rejeitou participar, revelou um telegrama confidencial da diplomacia americana divulgado ontem pelo site WikiLeaks.
No telegrama, de outubro de 2008, o então embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, diz que o pedido tinha sido encaminhado no mês anterior a funcionários brasileiros e afirma que o Brasil “tem procurado por projetos relacionados a desenvolvimento, em detrimento a um apoio para o setor militar”.
“O histórico brasileiro sugere que seria uma quebra de precedentes o Brasil apoiar uma força militar estrangeira fora do mecanismo das Nações Unidas, com o qual o governo prefere trabalhar”, afirma Sobel. “O pedido de US$ 5 milhões em cinco anos é muito maior do que muitos outros que fizemos e ficaram sem resposta. Os recursos do Brasil para assistência em geral são extremamente limitados e o governo geralmente prefere a assistência técnica para projetos de desenvolvimento social”, analisa o embaixador.
Meses depois, Sobel trata novamente da questão ao reportar uma conversação com o embaixador Roberto Jaguaribe. “Há três principais obstáculos a superar com relação aos pedidos de assistência: a) o orçamento brasileiro, b) receptividade política, e c) dificuldade do Brasil em “comprar uma coisa que ele não formulou”.
A guerra movida pelos EUA contra o Afeganistão, com o apoio da Otan, tem claramente um caráter imperialista, embora conduzida a pretexto de combater o terrorismo. Além de injusta, é uma guerra sem futuro, em que as potências capitalistas não têm perspectiva de vitória. O custo para o povo afegão, porém, é imenso. Milhares de inocentes foram mortos pelo fogo imperialista e cresce a resistência contra a invasão imperialista.
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