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Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 09h29min
Tag(s): Carreira Docente
Na última quarta-feira (19), Brasília foi, mais uma vez, palco de discussão para consolidação de uma Federação de sindicatos de docentes das instituições federais de ensino superior. O encontro aconteceu na sede do PROIFES, em Brasília, e reuniu professores das mais diversas regiões do país com o objetivo de debater temas como a Carreira Docente, Campanha Salarial, Previdência Complementar, a estrutura da Federação, EBTT, entre outros.
“A participação da ADURN neste encontro foi importante para discussão da proposta de carreira dos professores universitários das instituições de ensino superior público federal e a construção de uma Federação que possa representar os diversos sindicatos de professores que estão sendo criados em todo país, e que defenda de forma unificada projetos e demandas dos docentes das universidades federais.”, ressalta o presidente da entidade, João Bosco Araújo.
Os debates se iniciaram com a discussão importante sobre a Carreira Docente. Foi analisada a proposta de Carreira do PROIFES, que consolida as críticas a pontos específicos do Projeto de Lei apresentado pelo Governo. Entre as reivindicações, os docentes alegam que permanecem questões relativas à progressão na carreira e ao modelo de avaliação que suscitam preocupação, enumerando constrangimentos como a exclusão do EBTT da negociação de carreira e a falta de um posicionamento do governo com relação aos aposentados.
Há o consenso de que as condições exigidas para a progressão na carreira docente são incompatíveis com a realidade atual das atividades dos docentes, além de haver na proposta uma secundarização das atividades de pesquisa e extensão.
Para o diretor de Política Sindical da ADURN, Wellington Duarte, é necessário reestruturar a carreira para aproximá-la da justeza da natureza do trabalho desenvolvido no interior das universidades públicas federais, e alega que o Governo, através do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) reveste a discussão predominantemente de caráter financeiro.
“É fato que o Governo recuou em alguns pontos que o PROIFES e seus aliados consideravam péssimos para a própria funcionalidade da carreira, mas por outro lado manteve uma visão distorcida da nossa realidade ao desconsiderar o papel que os aposentados tiveram na construção da universidade pública federal, bem como colocar em segundo plano os professores do ensino básico, técnico e tecnológico, como se estes fossem menos importantes no nosso cotidiano de formação”, explica Wellington Duarte.
Outro ponto importante na pauta foi a discussão de um modelo de federação plural, moderno, com uma estrutura leve e pouco burocrática, que respeite e defenda a pluralidade e as especificidades da categoria docente das IFES. Os professores levantaram a necessidade de renovar o processo de mobilização da categoria na nova realidade sindical que se coloca na construção do PROIFES Federação.
“O novo rumo para a democratização do movimento docente passa necessariamente pela construção de uma federação”, ressalta Wellington Duarte.