Tribunais uruguaios reiniciam atividades com causas sobre Direitos Humanos

Publicado em 02 de fevereiro de 2011 às 10h37min

Tag(s): Direitos Humanos



Os tribunais uruguaios retomam hoje seus trabalhos em um dia onde estão citados ex militares por violações aos direitos humanos, e assume Leslie Van Rompaey como presidente da Suprema Corte de Justiça.
No reinicio da atividade judicial depois do recesso estival, a juíza penal Mariana Mota, e a promotora Ana Maria Tellechea desenvolverão os interrogatórios a 15 militares aposentados por casos vinculados a graves delitos contra os direitos humanos na ditadura (1973-1985). Três expedientes figuram no marco dos questionamentos, um deles o desaparecimento do militante comunista Horacio Gelós Bonilla, um processo anexo à causa contra o ditador Juan Maria Bordaberry por "Atentado à Constituição".
Ambas juristas analisaram provas recopiladas durante a instrução e dispuseram a citação para identificar aos responsáveis pela tortura, morte e posterior desaparecimento de Gelós Bonilla, edil pela Frente Ampla no departamento de Maldonado.
Mota e Tellechea também notificarão oito ex militares pelo "homicídio político" do também militante comunista Ubagesner Chaves Sosa, em 1976, fato que ocorreu na Base Aérea de Boiso Lança, atual sede da Força Aérea
O caso passou a ser emblemático pois significou o primeiro corpo de um uruguaio detento-desaparecido recuperado desde a reabertura democrática, quando em 29 de novembro de 2005 uma equipe de antropólogos resgatou seus despojos.
Tellechea, por sua vez, solicitará o comparecimento em um terceiro caso de vários militares nas investigações pela morte por torturas de Aldo Perrini Guala, no Batalhão de Infantaria número quatro no departamento de Colônia (nordeste), em 1974.
Prensa Latina
 

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