Trabalhadores bolivianos fazem greve por aumento salarial

Publicado em 16 de abril de 2011 às 12h04min

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Legisladores do Movimento para o Socialismo (MAS) recusaram nesta sexta-feira (15) a intransigência da Central Obreira Boliviana (COB) em sua decisão de se distanciar do diálogo convocado pelo Executivo para responder as diversas demandas.
Hoje, em seu oitavo dia de manifestações de pressão e bloqueio das principais avenidas da capital, La Paz, parlamentares pediram aos líderes sindicais para não suscitar mais violência e comparecer à mesa de negociações, sob o apelo de um aumento salarial acima de 10%, como foi decretado na sede do governo boliviano, Palácio Quemado.
O deputado Antonio Molina questionou as movimentações da COB e apoiou a convocação governamental para retomar o diálogo, motivo pelo qual chamou o setor para discussão.
“Não são todas as organizações sociais que acatam a greve indefinida; somente os mineiros, professores e a Caixa Nacional de Saúde os que estão mobilizados”, apontou. Molina agregou que os camponeses, indígenas, colonizadores, comerciantes e transportadores apóiam as medidas do governo nacional.
Um dos dirigentes da COB, Bruno Apaza, apontou que foi enviada uma carta ao gabinete recusando a mais recente iniciativa de restabelecer as conversas. Apaza enfatizou que a COB espera conversar somente com o presidente Evo Morales.
Em relação à reunião com a COB, o ministro da Presidência, Oscar Coca, esclareceu que os encontros para discussão são vitais para evitar manifestações violentas que afetam a população civil.
Coca disse também que os protestos assustam crianças, idosos e mulheres, sobretudo pelo emprego de dinamites. Ele lamentou ainda que esse fatos prejudiquem os necessitados. Segundo ele, o chamado para a greve geral não está ocorrendo, já que o sistema financeiro, a atividade produtiva e o comércio do país funcionam sem problemas.
“As mobilizações refletem brigas internas entre líderes para ganhar espaço dentro da própria organização, com o objetivo de ganhar espaço tendo em vista o congresso de 1º de maio”, afirmou Coca.

Fonte: Prensa Latina
 

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