Centrais sindicais protestam contra nova alta da taxa de juros Selic

Publicado em 25 de abril de 2011 às 09h33min

Tag(s): Economia



Na última quarta-feira (20) o Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central elevou a taxa de juros Selic de 11,75% para 12% - elevação de 0,25%, menos que o mercado esperava. As centrais - CTB, CGTB, Força, NCST e UGT - também fizeram ato em São Paulo contra a elevação dos juros. Durante o ato foram distribuídas à população 50 quilos de sardinha, assadas no local. "Enquanto eles privilegiam os tubarões da especulação vamos assar sardinha para lembrar do povo brasileiro", destacaram os sindicalistas.
A Selic entrou no ano de 2010 a 8,75% ao ano, patamar que foi mantido até a reunião de 28 de abril, quando a taxa foi elevada a 9,5% ao ano. Nas duas reuniões que seguiram, 9 de junho e de 21 de julho, houve aumento, de 0,75 ponto percentual e de 0,5 ponto percentual, respectivamente.
Nas últimas três reuniões, as de 1º de setembro, a de 20 de outubro e a que fechou o ano de 2010, em 8 de dezembro, a taxa foi mantida em 10,75% ao ano. Na penúltima reunião, em 19 de janeiro, ela foi elevada para 11,25% ao ano e na última, em 1º e 2 de março, ela foi para 11,75%.
CUT
Diante do novo aumento, as centrais sindicais, em notas publicadas nos sites protestaram. A CUT diz que a "elevação das já mais altas taxas de juros do mundo - o triplo da segunda colocada, a Austrália -, sangra o país e inviabiliza o Orçamento público, criando graves obstáculos ao desenvolvimento nacional e comprometendo seriamente o emprego, a renda e os investimentos sociais."
Força Sindical
"Decisão desastrosa", diz a abertura da nota da Força Sindical. E segue: "Os trabalhadores não podem mais ser penalizados com o crescente aumento da taxa de juros. Estamos cansados desta disposição do Copom em punir freneticamente o setor produtivo e abençoar o especulativo."
CTB
"A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil qualifica como totalmente injustificável o novo aumento da taxa de juros no Brasil. A decisão vai completamente na contramão do projeto de desenvolvimento necessário para o país, além de servir somente aos interesses daqueles que lucram com a especulação."

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