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Publicado em 27 de abril de 2011 às 17h10min
Tag(s): MEC
Questionado acerca de possíveis mudanças na medida provisória nº 520 de 2010, que propõe a criação de uma empresa estatal para gerir os hospitais universitários, o ministro da Educação, Fernando Haddad, se manifestou favorável a acréscimos no texto original. “No que se refere ao fato de o atendimento ser 100% para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e de a empresa ser 100% pública, acredito que há pontos que podem ficar mais claros”, afirmou Haddad. Ele concedeu entrevista coletiva após o término da sessão conjunta das comissões de seguridade social e educação e cultura da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 26, em Brasília.
A intenção é que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S.A., instituição que é objeto da MP 520, seja estatal de direito privado, a exemplo do que acontece com a Caixa Econômica Federal e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A instituição seria responsável pela gestão financeira e de pessoal dos hospitais universitários, que continuariam submetidos academicamente às universidades. A MP está prestes a trancar a pauta da Câmara dos Deputados e deve ser votada em breve.
Financiamento – Durante a sessão conjunta, alguns deputados argumentaram que grande parte dos problemas dos hospitais universitários decorre da falta de financiamento, e não de má gestão. Haddad defendeu que tanto a gestão quanto o financiamento dos hospitais seja melhorada. “Sempre há espaço para melhorar a gestão e o financiamento. Até as empresas mais eficientes sempre podem melhorar”, opinou.
Pela MP 520, os hospitais teriam metas de desempenho a cumprir, tanto no que se refere ao atendimento de pacientes quanto no que se refere ao ensino e pesquisa.