Crise Econômica e a luta política no Movimento Sindical

Publicado em 01 de junho de 2009 às 11h56min

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Com a queda do PIB, pelo segundo trimestre consecutivo, o Brasil se encontra, tecnicamente em recessão. Independente da metodologia de análise que se possa fazer acerca da tecnicidade do termo “recessão”, o fato é que o país enfrenta as conseqüências de uma crise, gerada e gestada no centro do capitalismo mundial, os EUA e que espraiou-se pelos quatros cantos do planeta, contaminando – como não poderia deixar de ser – a esfera produtiva. Uma crise na estrutura do sistema que afeta todos aqueles que estão no contexto da Divisão Internacional do Trabalho, entre eles o Brasil.

A reação da classe trabalhadora tem demonstrado o quanto o movimento sindical precisa aprender sobre luta política em um novo contexto de organização do modo de produção capitalista e com novas formas de luta política. O episódio das demissões da EMBRAER mostra como um sindicalismo belicoso e inoperante pode servir aos interesses dos dirigentes empresariais. O sindicato dos trabalhadores da EMBRAER, ligado a CONLUTAS (leia-se PSTU) sabia da pretensão da empresa em demitir os 4.200 trabalhadores e esperou que o fato se concretizasse para mobilizar os trabalhadores. Belicismo inútil que tirou os empregos daqueles trabalhadores.

As centrais que representam o grosso da classe trabalhadora, embora divirjam em vários aspectos, tem se esforçado para construir uma agenda única, para enfrentar o ataque do Capital sobre o Trabalho, além de preservar a atuação do setor público na economia. É sabido que, historicamente em momentos de crise a saída encontrada pelos setores empresariais é a restrição de direitos trabalhistas e a pressão para que o Estado assuma o passivo do processo de reorganização do capital. É sob essa perspectiva que as centrais têm agido, ou seja, na atuação na mobilização dos trabalhadores e na articulação, no parlamento, para barrar as propostas reacionárias e do capital. É sob essa perspectiva que as centrais têm agido, ou seja, na atuação na mobilização dos trabalhadores e na articulação, no parlamento, para barrar as propostas reacionárias e conservadoras que atentem contra os interesses gerais dos trabalhadores.

Nesse contexto é que se deu, nesta quarta-feira (11), em Brasília, a reunião entre o conjunto das centrais e lideranças partidárias ligadas aos trabalhadores. Participaram a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST). Inicialmente, foi aprovada a idéia de se priorizar a luta pela redução da jornada de trabalho sem redução do salário, a aprovação das convenções 151 e 158 da OIT, o fim do fator previdenciário, uma lei que garanta a atual política de valorização do salário mínimo e o fim do trabalho escravo.

As centrais também tem agido, quando possível, de forma unitária em defesa do serviço público e da manutenção de todos os acordos assinados com as diversas categorias e que, em termos de negociação com o Estado, representou um momento único na história do movimento dos servidores públicos federais brasileiros. Malgrado algumas distorções e a preservação de desequilíbrios salariais em várias camadas do funcionalismo público federal, especialmente na nossa categoria, é necessário ressaltar o avanço político que a negociação representou naquela ocasião. E, nesse sentido, as centrais sindicais, especialmente CTB e CUT, tem defendido a ampliação dos direitos aos servidores públicos e na melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Governo à população.


Fonte: Comunicação ADURN

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