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Publicado em 11 de maio de 2011 às 09h24min
Tag(s): Greve
Os professores da UESPI (Universidade Estadual do Piauí) decidiram nesta segunda-feira (9), em assembleia geral, deflagrar greve por tempo indeterminado. Os docentes reivindicam melhorias estruturais na Instituição, concurso público para porfessores e técnicos efetivos, e reajuste salarial. A greve começa na próxima quinta-feira, cumprindo o prazo legal de 72 horas de aviso ao Governo do Estado e reitoria.
“Fizemos vários apelos ao governo, realizamos várias atividades de mobilização, com paralisações, em advertência. Infelizmente, o governo não nos deu ouvido e tivemos que deflagrar a greve”, afirma o presidente da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP – Seção Sindical do Andes/SN), Graça Ciríaco. “Queremos negociação efetiva com o governo. A Universidade vive uma grave crise. Desde setembro do ano passado, quando lançamos a campanha SOS UESPI, tentamos negociar com o governo. A campanha reúne professores, servidores e estudantes em defesa da Universidade”, completa Graça Ciríaco.
No que se refere à pauta salarial, a categoria docente reivindica o salário mínimo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (DIEESE), calculado em R$ 2,2 mil, para o professor auxiliar 20h. Atualmente, o salário do docente do professor auxiliar 20h na UESPI é de R$ 1 mil. A categoria luta ainda por concurso público para contratação de 700 professores efetivos. Na UESPI, 60% dos professores são temporários (substitutos). Até o momento, nenhuma proposta salarial foi apresentada pelo governo.
O diretor da Diretoria Regional Nordeste I do ANDES SN, Geraldo Carvalho, o diretor da executiva estadual da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) Gervásio Santos, e o dirigente estadual da Assembleia Nacional de Estudantes Livre (ANEL-PI), Thiago Mardem, participaram como observadores da assembleia geral, manifestando apoio ao movimento.