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Publicado em 08 de junho de 2011 às 15h22min
Tag(s): Agecom UFRN
A Ayahuasca, mais conhecida como chá do Santo Daime, provoca nas pessoas que a consomem forte imaginação visual mesmo elas estando de olhos fechados. O estudo, coordenado pelos professores Dráulio Barros de Araújo e Sidarta Ribeiro, do Instituto do Cérebro (IC), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), serviu de base para o artigo Enxergando de Olhos Fechados: a base neural da imagem mental produzida pela Ayahuasca, que foi aceito para publicação na conceituada revista científica “Human Brain Mapping”. Além da UFRN, participaram desse estudo pesquisadores da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, e do Centro J.B. Watson, da IBM nos EUA.
A Ayahuasca tem sido usada há séculos por populações amazônicas durante cerimônias religiosas. Hoje em dia ela é elemento central de igrejas sincréticas urbanas como o Santo Daime, a União do Vegetal, a Barquinha, dentre outras. Entre todas as alterações perceptuais induzidas pela Ayahuasca, uma das mais notáveis é a "miração", ou seja, quem consome a bebida experimenta forte imaginação visual, mesmo estando com os olhos fechados. Isso acontece devido ao coquetel bioquímico presente no chá, que é feito a partir da mistura de duas plantas, a Psychotria viridis e o cipó Banisteriopis caapi. Essa mistura é que provoca o efeito sobre a mente dando surgimento as visões.
Os pesquisadores investigaram um grupo composto por 10 pessoas, com idade entre 24 e 48 anos, que já utilizavam a Ayahuasca com frequência dentro do contexto religioso do Santo Daime. Dentro de um aparelho de ressonância magnética, os indivíduos foram levados a observar imagens normais, de pessoas, árvores ou animais, e depois criar mentalmente imagens visuais do que lhes fossem mais vívido, com os olhos fechados. Os mesmos exames foram realizados em dois momentos: antes e após 40 minutos da ingestão de aproximadamente 150 ml do chá.
A experiência após a Ayahuasca levou ao significativo aumento no recrutamento de regiões cerebrais envolvidas em memória, intenção e visão cortical. Curiosamente, a ingestão do chá fez com que o sinal da área visual primária durante a tarefa de imaginação visual fosse indistinguível daquele durante a observação de uma imagem bem iluminada.
Concluem os pesquisadores: “pela intensificação da vividez das imagens mentais, a Ayahuasca daria status de realidade às experiências e memórias de cada um. Seria, portanto, compreensível que esse chá tenha sido culturalmente selecionado ao longo de séculos por Xamãs da região Amazônica para facilitar as revelações internas de natureza visual”.