Centrais iniciam mobilização e reivindicam mais direitos a trabalhadores

Publicado em 15 de junho de 2011 às 10h44min

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Cinco centrais sindicais iniciam, nesta terça-feira (14), um processo de mobilização nacional para pressionar governo e Congresso por melhorias trabalhistas. Até agosto, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central irão promover ações em busca da redução da jornada de trabalho, do fim do fator previdenciário e de outras mudanças.
A partir desta terça, cerca de cem dirigentes sindicais estarão em frente ao Congresso Nacional todas as terças e quartas-feiras para negociar com deputados e senadores a votação de projetos sobre direitos de trabalhadores. A regulamentação da terceirização de funcionários e a ratificação de convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) também vão estar na pauta das discussões.
Já a partir de julho, estão programadas mobilizações em todas as regiões do país. No dia 6, vão para as ruas os trabalhadores do Centro Oeste; no dia 14, da Região Norte; no dia 21, da Nordeste; no dia 28, da Sul; e no dia 3 de agosto, da Região Sudeste.
"Em São Paulo, faremos nosso grande ato", complementou o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical. "Queremos fazer a maior passeata da Avenida Paulista."
Em entrevista coletiva concedida na manhã de segunda-feira (13) para a apresentação do calendário de mobilização, Paulinho disse que a ideia das centrais é acelerar a negociação e conseguir as mudanças reivindicadas pelos sindicalistas ainda neste ano. "Fizemos alguma coisa no primeiro semestre. Agora, no segundo semestre, queremos entrar com o pé no acelerador", afirmou.
Segundo os líderes das centrais, todas as propostas em pauta estão em discussão há tempos. Algumas, como o fim do fator previdenciário e a regulamentação da terceirização, podem ser aprovadas com mais facilidades. Já outras, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, só receberão o aval do Congresso com "mais pressão", por isso a importância da mobilização.
Movimentos sociais também devem integrar a agenda de manifestações, segundo as centrais. Ubiraci Dantas de Oliveira, vice-presidente da CGTB, afirmou que a política econômica do governo federal é errada e, além dos trabalhadores, movimentos estudantis, feministas e da população negra devem estar presentes nas manifestações.
"Existe uma pressão dentro do governo para a volta de uma pauta derrotada, a do neoliberalismo", afirmou.
Fonte: DIAP

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