Trabalhadores da Infraero protestam em Confins (MG) contra privatizações

Publicado em 20 de junho de 2011 às 09h51min

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Os trabalhadores administrativos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que trabalham no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fizeram uma paralisação na manhã desta quinta-feira (16). Segundo Paulo de Tarso, coordenador do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SINA), filiado à CUT, os trabalhadores protestaram contra as privatizações dos aeroportos do país pelo governo federal.
Na manifestação, os aeroviários contaram com o apoio do presidente da CUT-MG, Marco Antônio de Jesus, e de Reginaldo Tomaz de Jesus, da Direção Estadual da Central. “A CUT defende a Infraero como um patrimônio nacional, os aeroportos pertencem ao povo brasileiro. Privatizar é trazer a precarização para as relações de trabalho e prejudicar a classe trabalhadora, pois atualmente mais pessoas, principalmente das camadas mais pobres da população, estão tendo condições de viajar de avião. Com a privatização, a tendência é aumento dos preços dos serviços nos aeroportos, já que os empresários visariam ampliar os lucros. É estranho, que neste momento que a Infraero está bem financeiramente, fala-se em privatizações”, disse Marco Antônio de Jesus.
De acordo com o representante do Sina, Paulo Tarso, não houve diálogo entre o governo e os funcionários da Infraero na hora de optar pelas privatizações. “Há anos a Infraero administra com competência os aeroportos do país. E agora, o governo quer colocar essa responsabilidade nas mãos de empresas despreparadas”, alerta. Os trabalhadores querem nova negociação das privatizações nos aeroportos Tancredo Neves, em Confins, do Galeão, no Rio de Janeiro, de Brasília e Viracopos, em São Paulo.
Segundo agenda do governo federal, a modelagem para a concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília está prevista para ser concluída em dezembro deste ano. Já o aeroporto Internacional Tancredo Neves está fora do primeiro lote de concessão à iniciativa privada. Outras paralisações já ocorreram em São Paulo e Brasília e há previsão de mais um protesto no Rio de Janeiro.

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