A votação estará disponível na segunda-feira, 22/11, às 08h.
Olá professor (a), seja bem-vindo (a) ao ADURN-Sindicato! Sua chegada é muito importante para o fortalecimento do Sindicato.
Para se filiar é necessário realizar 2 passos:
Você deve imprimir e preencher Ficha de Sindicalização e Autorização de Débito (abaixo), assinar, digitalizar e nos devolver neste e-mail: [email protected].
Ficha de sindicalização Autorização de DébitoAutorizar o desconto no seu contracheque na sua área no SIGEPE e que é de 1% do seu VB (Vencimento Básico).
Tutorial do SIGEPEFicamos a disposição para qualquer esclarecimento.
ADURN-Sindicato
Publicado em 22 de junho de 2011 às 09h09min
Tag(s): Educação
Morreu na noite de domingo (19), no Rio de Janeiro, aos 90 anos, o químico naturalizado brasileiro Otto Richard Gottlieb, conhecido internacionalmente por seus trabalhos sobre produtos naturais e metabolismo de plantas.
Ele foi um dos primeiros grandes cientistas a chamar atenção para sustentabilidade e preservação de florestas, ainda na década de 1960.
Mais recentemente, na década de 1980, o químico mostrou a importância da manutenção dos entornos das florestas - justamente onde costuma ter início o processo de desmatamento. É nessas "bordas" florestais, mostrou Gottlieb, que está a maior concentração e diversidade de moléculas.
"Com o desmatamento dos entornos, parte das moléculas que contam com potencial terapêutico acaba sendo perdida", explica a farmacêutica Maria Renata Borin. Ela foi "pupila" de Gottlieb desde seu mestrado, em química orgânica, na USP, até sua pesquisa de pós-doutorado sobre química de produtos naturais, na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
"Toda a obra dele é voltada para a sustentabilidade." Foram quase 700 artigos científicos sobre o tema.
Quase Nobel - Gottlieb é considerado o cientista brasileiro que mais chegou perto do prêmio Nobel. Foi indicado três vezes (em 1998, 1999 e 2000). "Mas ele não dava muita bola para isso. Atender os alunos era o que mais gostava de fazer", conta Borin. "Ele costumava refletir toda noite sobre o que aprendeu no dia para que pudesse ensinar no dia seguinte."
A dedicação aos alunos levou o químico a formar uma biblioteca própria sobre recursos naturais, com aproximadamente dois mil títulos.
O tempo que passava nessa biblioteca - que ocupa um apartamento inteiro no Rio de Janeiro - teria sido um dos motivos de seu desligamento da Fiocruz, em 2002.
Insatisfeita, a instituição teria cortado recursos das suas pesquisas em andamento. Na época, aos 81 anos, afirmou que não estava "sendo tratado com consideração" pela Fiocruz. Foi, então, para a UFF (Universidade Federal Fluminese).
Antes, Gottlieb já havia sido professor na USP até se aposentar, aos 70 anos. "Ele recebeu convites para dar aula fora do País. Mas era nacionalista convicto."
Gottlieb era naturalizado. Nasceu em Brno, em 1920, hoje República Tcheca.