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Publicado em 28 de junho de 2011 às 09h22min
Tag(s): Centrais Sindicais
As Centrais Sindicais em Mato Grosso do Sul já começaram a convocar a sua militância para o Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Agenda dos Trabalhadores, programado para 6 de julho, em Brasília. A redução de jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem diminuição dos salários e enterrar de uma vez por todas o fator previdenciário, que reduz em até 40% o valor das aposentadorias, são algumas das reivindicações dos trabalhadores brasileiros contidas na agenda das Centrais.
José Lucas da Silva, diretor da CGTB nacional e presidente da Federação Interestadual de Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (Feintramag), disse que as Centrais (CGTB, Força Sindical, CTB, NCST e UGT) pretendem mostrar sua força em Brasília no dia 6, reunindo milhares de pessoas.
“Depois dessa etapa de mobilização e exposição nacional, nós passaremos a usar de outras estratégias principalmente junto aos nossos deputados federais e senadores para aprovar essas e outras medidas que beneficiam os trabalhadores brasileiros”, justificou José Lucas.
Sindicalistas de Mato Grosso do Sul já estão, há algum tempo, fazendo pressão junto aos parlamentares da bancada de MS para aprovar a redução de jornada para 40 horas semanais e o fim do “famigerado” fator previdenciário, entre outras medidas importantes em benefício dos trabalhadores.
“Nós, trabalhadores e sindicalistas brasileiros, não aceitamos o argumento de que salário gera inflação no mercado”, afirma José Lucas que não tem dúvida de que com a redução de jornada, aumentará o número de novos empregos e o mais importante: “Os trabalhadores terão tempo para estudar e se qualificar para o mercado de trabalho. Além disso, a qualidade de vida de sua família será muito maior, pois terá mais tempo para passar com os filhos, esposa e a família de um modo geral”, argumentou José Lucas.
FORÇA – Idelmar da Mota Lima, presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul, confirmou a mobilização de sindicalistas do Estado para a manifestação nacional no próximo dia 6 em Brasília. “Levaremos dezenas de sindicalistas de MS para engrossarmos e fortalecermos essa manifestação nacional que precisa urgentemente alcançar seus objetivos”, explicou.
O presidente da Força Sindical regional explicou que além dessas questões já mencionadas, existem, ainda, possibilidade de avanços em temas como:
- Ampliação constitucional de quatro para seis meses da licença-maternidade;
- Garantia de estabilidade no emprego para todos os dirigentes sindicais, inclusive suplentes e membros do conselho fiscal;
- Regulamentação do direito de negociação para os servidores públicos e
- Regulamentação da prestação de serviços terceirizados, com igualdade de direitos entre empregados da terceirizada e da contratante dos serviços.
Para que esses pontos sejam aprovados no Congresso, entretanto, é fundamental que as Centrais Sindicais intensifiquem o processo de mobilização e pressão sobre os parlamentares, dentro da estratégia de unidade de ação em torno de uma agenda trabalhista, que inclui outros temas além desses mencionados.