Brasil bate recorde em queda de desigualdade social

Publicado em 28 de junho de 2011 às 09h41min

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O país apresenta hoje a metade da população de miseráveis que tinha há oito anos, são 28 milhões de pessoas ou15,32% dos brasileiros. A queda da desigualdade social é um feito notável não só entre os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que crescem com concentração de renda, como entre os países desenvolvidos, onde o índice de desigualdade vem aumentando desde 1985. É o que mostra a pesquisa “Emergentes dos Emergentes”, divulgada nesta segunda (27) pelo Fundação Getúlio Vargas.
A queda da desigualdade social no Brasil já há dez anos consecutivos resulta principalmente de investimentos em educação e em programas sociais, mostrou o estudo.
Hoje esse índice apresenta a menor marca dos últimos 50 anos, atingindo 51% de queda só no Governo Lula.
Paralelamente, o resto do mundo vê o mesmo índice subir há décadas, inclusive nos países nórdicos, como Suécia e Finlândia, que integravam o bloco dos países mais igualitários do mundo.
Pilares da igualdade
O maior acesso à educação, que vem se intensificando igualmente já há dez anos, contribui para menor desigualdade social, embora os analfabetos é que tenham tido maior aumento de renda no Brasil entre 2001 e 2009.
Segundo o coordenador da pesquisa do CPS/FGV, Marcelo Neri, a renda do grupo cresceu 47% no período enquanto a renda dos que possuem pelo menos superior incompleto caiu 17%.
A distribuição do Bolsa Família é outro pilar da luta contra a desigualdade, produto tipo “exportação”, segundo Neri, que os chineses já estão estudando com o objetivo de implantar localmente e melhorar as condições sociais no país.
Finalmente, o microcrédito, segmento de negócios em que o Brasil também lidera na América Latina, está sedimentando a inclusão da população carente nos quadros produtivos da economia.
Um exemplo deles é o Crediamigo do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Ele instituiu uma importante política pública destinada aos trabalhadores informais no meio urbano que não tinham acesso ao crédito e tornou-se o 2º. maior programa de Microcrédito da América Latina e o 1º do Brasil, com 806 mil clientes ativos.
Também é reconhecido como o melhor programa de microfinanças da América Latina pela revista “Microfinanzas Américas”, publicada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Essa população que se beneficia do microcrédito para chegar ao mercado e os trabalhadores de baixa renda ou massa de desempregados que conseguiu recuperar postos de trabalho se beneficiam não apenas da disponibilização de crédito, mas também da maior oferta do emprego formal.
Em 2010 foram criados 2.2 milhões de novos empregos, prova de que, declarou Neri a uma emissora de tevê, a carteira de trabalho ainda é o grande símbolo deste grupo, apesar de o empreendedorismo avançar rapidamente.
Fonte: Portal Vermelho
 

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