Professores em greve do RJ passam a noite acampados em frente à Secretaria de Educação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 11h52min

Tag(s): Greve dos professores



Professores e profissionais da educação do Rio de Janeiro, em greve desde o dia 7 de junho, passaram a noite de terça (12) e a madrugada desta quarta-feira (13) acampados em frente à Secretaria de Educação do Estado em protesto. Ontem, houve uma nova reunião com a equipe da gestão Sérgio Cabral (PMDB), mas não se chegou a um acordo.
Foram montadas ao menos 15 barracas pelo Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro) para que os professores pudessem dormir. Houve quem se deitasse do lado de fora.
Invasão
O novo protesto acontece após a invasão do prédio onde fica a sede da secretaria, que resultou em confronto com a polícia. Eles foram impedidos de subir ao andar onde fica o órgão pelos policiais, que utilizaram gás de pimenta para dispersar os manifestantes.
O protesto começou nas escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), onde os professores decidiram pela continuidade da greve, e seguiu até a secretaria. O objetivo era conseguir uma audiência com o secretário Wilson Risolia.
Em nota, a Secretaria de Educação diz lamentar "a postura dos servidores" e afirmou que "está aberta ao diálogo em busca do entendimento pacífico entre as partes".
Reivindicações
A principal reivindicação dos profissionais em greve é o reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. No dia 6, foi realizada uma reunião entre membros do sindicato, deputados e o secretário de educação para discutir as reivindicações da categoria, mas nenhuma decisão foi tomada.
Segundo o sindicato, cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. Já a Secretaria da Educação fala em uma adesão de 1,5% dos 51 mil professores.
O sindicato fala em cerca de 700 mil alunos sem aula; para a secretaria as atividades nas escolas estão praticamente normais. Nenhum dos dois soube informar o número exato de alunos afetados pela paralisação.

UOL Educação

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