A votação estará disponível na segunda-feira, 22/11, às 08h.
Olá professor (a), seja bem-vindo (a) ao ADURN-Sindicato! Sua chegada é muito importante para o fortalecimento do Sindicato.
Para se filiar é necessário realizar 2 passos:
Você deve imprimir e preencher Ficha de Sindicalização e Autorização de Débito (abaixo), assinar, digitalizar e nos devolver neste e-mail: [email protected].
Ficha de sindicalização Autorização de DébitoAutorizar o desconto no seu contracheque na sua área no SIGEPE e que é de 1% do seu VB (Vencimento Básico).
Tutorial do SIGEPEFicamos a disposição para qualquer esclarecimento.
ADURN-Sindicato
Publicado em 15 de julho de 2011 às 09h12min
Tag(s): Racismo
A professora e pedagoga de Ciências Sociais, Neusa Maria de Marcondes (62) ganhou na justiça o processo de crime de racismo contra a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Benedito Calixto, Francisca Silvana Teixeira. A sentença saiu no dia 6 de julho em São Paulo.
A professora explicou que foi agredida verbalmente pela diretora por ser negra. “Ela [a diretora] me chamou em sua sala para eu assinar um documento, e disse dessa forma: `vem aqui assinar o documento, sua macaca´. Eu sou militante, sindicalizada e atuo no movimento negro (…), não podia de maneira nenhuma deixar que esse ato desrespeitoso passasse impune”, enfatizou.
Em março de 2009, a professora entrou com processo de crime racial contra a diretora e esperou sair a sentença para vir a público. Nesse período, muitos diziam para ela desistir, pois o processo não iria dar em nada e que desculpasse a diretora. Neusa não esmoreceu e prosseguiu com a iniciativa.
A diretora foi condenada a um ano de reclusão, pena reduzida para trabalhos na comunidade. “Infelizmente nesse país ninguém vai preso, mas eu vou continuar lutando contra a impunidade”.
Neusa disse que além do processo criminal, vai exigir uma posição da Coordenadoria de Educação de Itaquera (SP) e da Ouvidoria da Secretaria de Educação sobre o caso.
A professora espera que as pessoas tenham coragem de se rebelar contra qualquer tipo de preconceito. “Quem sofre com a homofobia, racismo ou machismo, têm que reagir, não podemos sofrer calados, enquanto aceitarmos o preconceito não conseguiremos nada, precisamos lutar e não nos deixar diminuir”, desabafou.
Neusa informou que infelizmente existe o preconceito com os negros no Brasil, de maneira velada, mas existe. “O que é ser negro no Brasil? É ser discriminado e subjugado. Nós precisamos ser fortes para superar tudo isso (…) temos que ser guerreiros e continuar lutando. Esse processo de crime racial que ganhei na justiça é uma vitória não só minha, mas de todo o movimento negro”, finalizou.