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Publicado em 20 de julho de 2011 às 17h14min
Tag(s): Empregos
Apesar da política cambial e dos sinais de desindustrialização, a economia brasileira ainda continua de vento em popa, ao menos num indicador que é fundamental para a sociedade: o emprego. Houve geração líquida de 215.393 vagas em junho.
No mesmo mês do ano passado verificou-se a criação de 212.952 empregos com carteira assinada.
Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça, 19, pelo Ministério do Trabalho. O crescimento foi de 0,58% na passagem de maio para junho.
Rotatividade
Os dados ainda indicam uma alta rotatividade, que resulta do livre arbítrio que o patronato tem sobre a força de trabalho, que compra e usa como uma mercadoria qualquer. No mês passado, houve 1.781.817 admissões e 1.566.424 desligamentos.
O movimento sindical luta para colocar um ponto final neste despropósito, que permite a demissão sem justa causa e dificulta a ação e organização sindical, pois não permite ao trabalhador ficar muito tempo na empresa.
A ratificação da Convenção 158 da OIT, que impede a dispensa imotivada, é um passo importante para solucionar o problema, mas os representantes do capital são fervorosamente contra tal convenção.
Agricultura e construção civil
Os principais setores responsáveis pela criação de vagas em junho foram agricultura (75.227), em seguida vem serviços (53.543) e depois construção civil (30.531). O setor de comércio ficou em quarto lugar com a geração de 29.967.
A indústria de transformação teve um desempenho bem mais modesto, criando 22.618 vagas, o que reflete as dificuldades do setor, afetado pelo câmbio flutuante, que estimula a valorização do real, e a conseqüente desindustrialização.
De janeiro a maio, com ajustes, o ministério do Trabalho apontou a geração de 1.199.267 empregos formais. De janeiro a junho (sem ajustes), foram gerados liquidamente 1.414.660 postos. (Fonte: Portal Vermelho, com agências)