Nota dos alunos passa a contar em bônus de docente

Publicado em 29 de julho de 2011 às 09h57min

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A Prefeitura de São Paulo lançou ontem (27) um indicador que será usado no pagamento de bônus a professores e funcionários da educação. Batizado de Indique (Índice de Qualidade da Educação) será formado em parte pelo desempenho das escolas na Prova São Paulo. O exame avalia conhecimentos de matemática e português dos alunos dos ensinos fundamental e médio.
Além disso, o índice vai somar o quanto a escola melhorou de um ano para outro e o esforço feito para esse aprendizado que leva em consideração as condições socioeconômicas das escolas.
"Escolas com públicos distintos devem ter recursos diferenciados", afirmou o secretário de Educação, Alexandre Schneider. Hoje, os profissionais da educação recebem uma gratificação de até R$ 2.400, cujo único critério é a assiduidade. O teto para o novo bônus não foi divulgado.
As faltas continuarão a ser usadas para o cálculo do bônus, que permanecerá com duas parcelas no ano. Ismael Nery Palhares Junior, presidente do Aprofem (sindicato dos professores municipais), critica o fato de não ter havido discussão com a categoria antes. Ele é contra toda forma de gratificações e bônus. "Existindo recursos - e eles existem -, poderiam ser incorporados ao salário-base."
Regina de Assis, doutora em educação pela Universidade de Columbia, concorda. "Em vez de resolver o problema na raiz, ficam com essas falácias que depois vão ver que não funcionam, como já viram nos EUA."
Ela se refere ao fato de Nova York ter decidido cancelar a bonificação dos professores com base no desempenho. O governo estadual, que tem política de bônus atrelado a desempenho, já divulgou que estuda considerar também esforço da escola e aspectos socioeconômicos.

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