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Publicado em 01 de agosto de 2011 às 15h24min
Tag(s): Greve
O Governo do Estado do Rio de Janeiro encaminhou, nesta segunda-feira (1º), para a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado) um projeto de lei com um reajuste salarial de 3,5% para os professores - a categoria reivindica 26%. Segundo a Secretaria de Educação, o reajuste total pode chegar a 13%, com a incorporação do bônus do programa Nova Escola ao sálario.
"Estou recebendo várias reclamações dos professores. O pessoal não viu com bons olhos um aumento que está abaixo da inflação e muito longe dos 26% que estamos reivindicando", disse Danilo Serafim, coordenador do Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro).
Serafim afirma que o foco das negociações agora passa a ser a assembleia legislativa: "Estamos pedindo uma audiência na assembleia e acreditamos que os deputados possam interferir nas negociações. Nossa avaliação é que o governo tem que melhorar esse índice".
O governo também anunciou que a partir desta segunda-feira (1º) quem estiver em greve terá o ponto cortado. Caso, após o final da greve, não haja reposição, haverá corte retroativo. Ainda de acordo com a secretaria, há 2,1 mil contratos temporários autorizados e que podem ser utilizados a partir do dia 1º. O coordenador do Sepe disse que "não será com esse mecanismo que o governo irá acabar com a greve".
A próxima assembleia da categoria está marcada para quarta-feira (3), a partir das 9h, na Fundição Progresso, Lapa.
Reivindicações
A principal reivindicação dos profissionais em greve é o reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. Segundo a secretaria, o projeto encaminhado para a Alerj descongela a carreira dos servidores técnico-administrativos.
Segundo o sindicato, cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. Já a Secretaria da Educação fala em uma adesão de 1,5% dos 51 mil professores.