Pesquisadores do IEN lançam livro sobre análise por ultrassom

Publicado em 02 de agosto de 2011 às 09h11min

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A publicação, pioneira em Língua Portuguesa e na América Latina, foi escrita por três integrantes do Grupo de Pesquisa de Ultrassom do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN).
Na vida moderna, as grandes estruturas metálicas estão por toda parte: em edifícios e pontes, em caldeiras, oleodutos e usinas nucleares, em trens, navios e aviões. Mas essas estruturas carregam tensões, sejam decorrentes do uso ou do próprio processo de fabricação, que podem provocar trincas e levar à fratura do material. Por isso, de sua integridade física dependem nossa segurança e a do meio ambiente.
Entre as técnicas de avaliação de tensões em componentes estruturais metálicos, vem ganhando destaque a análise ultrassônica, tema do livro "Introdução à Avaliação de Tensões por Ultrassom", que a editora Virtual Científica acaba de lançar. A publicação, pioneira em língua portuguesa e na América Latina, foi escrita por três integrantes do Grupo de Pesquisa de Ultrassom do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Marcelo Bittencourt, Carlos Lamy e Orlando Agostinho Gonçalves Filho, em parceria com os pesquisadores Linton Carvajal Ortega, da Universidade de Santiago, e João Payão Filho, da Coope/UFRJ. Pode ser adquirida pelo site www.evc.com.br.
No Brasil, apenas duas instituições realizam estudos sobre análise por ultrassom - o IEN e a Universidade de Campinas - e outros dois grupos de pesquisa estão sendo criados, no Cefet-RJ e no Cefet-BA. "A pouca literatura existente sobre o assunto dificulta sua difusão", explica Bittencourt, o pesquisador responsável pela introdução do estudo da técnica no país, em 1994.
Vantagens - A análise por ultrassom é uma técnica não destrutiva, com resultados semelhantes à difração por raio-X e à difração por nêutrons. Embora ainda pouco utilizada, reúne as principais vantagens das outras duas. Como no raio-X, o teste pode ser realizado em campo, com um aparelho portátil; e como no teste com nêutrons (que precisa ser feito em reator) , é capaz de medir tensões superficiais e volumétricas.
O livro tem uma abordagem original, ao explicar toda a evolução da técnica, desde os princípios teóricos que a norteiam até o desenvolvimento da metodologia experimental descreve o coautor Lamy. Outra contribuição inovadora é fazer referência às diferentes nomenclaturas internacionais usadas para definir cada tipo de onda ultrassônica, facilitando o entendimento da literatura técnica existente.
O Grupo de Ultrassom do IEN desenvolve várias linhas de pesquisa em técnicas não-convencionais com ultrassom. Foi credenciado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientìfico e Tecnológico (CNPq) em 1995. Desde então, teve diversos projetos financiados por instituições como a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), a Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e a Petrobras.

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