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Publicado em 02 de agosto de 2011 às 16h45min
Tag(s): Cultura
O Senado comemora, no horário do expediente que antecede a sessão plenária deliberativa de quarta-feira (3), às 14h, a passagem do 25º aniversário da morte do educador Luís da Câmara Cascudo. O requerimento solicitando o evento é de autoria do senador Paulo Davim (PV-RN).
Historiador, antropólogo, advogado e jornalista, Câmara Cascudo nasceu no dia 30 de dezembro de 1898 em Natal (RN) e morreu no dia 30 de julho de 1986 na mesma cidade. Dedicou-se ao estudo da cultura brasileira e foi professor universitário, deixando uma extensa obra, composta de mais de 150 volumes, entre os quais o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952).
Para o senador Paulo Davim, Cascudo "é um dos mais importantes pesquisadores das raízes étnicas do Brasil, sendo considerado o papa do folclore brasileiro". Recebeu, inclusive, a alcunha de "o homem que sabe de tudo".
Entre seus livros, destacam-se ainda Alma patrícia (1921), Contos tradicionais do Brasil (1946) e Geografia do Brasil holandês (1956), que trata do período das invasões holandesas. A obra intitulada O tempo e eu (1971) - editada após sua morte - diz respeito as suas memórias.
Na política, Cascudo foi monarquista nas primeiras décadas do século 20 e, na década de 30, combateu o comunismo e as ideias marxistas, aderindo posteriormente ao integralismo brasileiro - movimento político ultraconservador encabeçado por Plínio Salgado, que fundou a chamada Ação Integralista Brasileira (AIB), partido de extrema-direita inspirado nos princípios do movimento fascista italiano.
O intelectual destacou-se como chefe regional da AIB, mas desencantou-se com o movimento integralista, demonstrando, posteriormente, durante a Segunda Guerra Mundial, antipatia ao fascismo e ao nazismo. Manteve-se, no entanto, anticomunista, e não fez qualquer oposição ao golpe militar de 64. Apesar desse posicionamento, protegeu e ajudou diversos conterrâneos perseguidos pelos militares.