Professores do RJ decidem manter greve iniciada há quase dois meses

Publicado em 03 de agosto de 2011 às 16h48min

Tag(s): Greve dos professores



Os professores da rede estadual do Rio de Janeiro decidiram manter a greve em assembleia realizada nesta quarta-feira (3). Eles se reuniram no final desta manhã na Fundição Progresso, Lapa, e seguiram em passeata para as escadarias da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado). Os docentes estão em greve desde 7 de junho. A próxima assembleia está marcada para o dia 9 de agosto.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro encaminhou na segunda-feira (1º) para a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado) um projeto de lei com um reajuste salarial de 3,5% para os professores - a categoria reivindica 26%. Segundo a Secretaria de Educação, o reajuste total pode chegar a 13%, com a incorporação do bônus do programa Nova Escola ao sálario.
"Estou recebendo várias reclamações dos professores. O pessoal não viu com bons olhos um aumento que está abaixo da inflação e muito longe dos 26% que estamos reivindicando", disse Danilo Serafim, coordenador do Sepe-RJ (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro).
Serafim afirma que o foco das negociações agora passa a ser a assembleia legislativa: "Estamos pedindo uma audiência na assembleia e acreditamos que os deputados possam interferir nas negociações. Nossa avaliação é que o governo tem que melhorar esse índice".
O governo também anunciou que, a partir da segunda-feira, quem estivesse em greve teria o ponto cortado. Além disso, caso após o final da greve não haja reposição, haverá corte retroativo. Ainda de acordo com a secretaria, há 2,1 mil contratos temporários autorizados e que podem ser utilizados a partir do dia 1º. O coordenador do Sepe disse que "não será com esse mecanismo que o governo irá acabar com a greve".
Reivindicações
A principal reivindicação dos profissionais em greve é o reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. Segundo a secretaria, o projeto encaminhado para a Alerj descongela a carreira dos servidores técnico-administrativos.
Segundo o sindicato, cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estão paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. Já a Secretaria da Educação fala em uma adesão de 1,5% dos 51 mil professores.

UOL Educação

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