Professores fazem vigília em frente à Alerj

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 11h51min

Tag(s): Greve dos professores



Professores da rede estadual do Rio de Janeiro estão em vigília nesta quinta-feira (11) nas escadarias da Alerj (Assembleia Estadual do Rio de Janeiro). Eles aguardam a votação das emendas ao projeto de lei proposto pelo governo de Sérgio Cabral (PMDB), em resposta ao movimento de greve dos docentes, que já dura mais de dois meses. A audiência na Alerj começa às 16h.
Ao todo, os deputados contribuíram com 64 emendas ao projeto. Além do reajuste salarial da categoria, eles votarão o repasse das parcelas da gratificação Nova Escola ao salário de professores e funcionários e o descongelamento do plano de carreira dos servidores administrativos.
De acordo com a diretora do Sepe-Central, Ivonete Conceição da Silva, os líderes dos partidos de oposição e de base do governo se reuniram nesta quinta-feira para costurar um acordo para a votação.
Até o momento, segundo ela, não se sabe os termos acordados. “A coisa não está muito determinada, mas a gente acredita que o reajuste proposto pelos deputados fique entre 5 e 6% e não em 3,5% como queria o governador”, afirma. Caso seja aprovado o reajuste de 6%, professores que ganham o menor salário (R$ 680 por 16 horas) terão R$ 40,80 de reajuste.
“Se houver a incorporação de todas as parcelas do Nova escola, mais um percentual de reajuste, já seria um grande avanço como resultado desse movimento, que foi difícil”, avalia Ivonete.
Assembleia decidirá os rumos do movimento
Os docentes se reúnem novamente em assembléia nesta sexta-feira (12), quando deverão avaliar a votação dos deputados e a disposição da categoria em continuar a luta. O encontro acontece no Clube Municipal, na Tijuca (Rua Hadock Lobo, 359), a partir das 14h.
De acordo com Ivonete, o Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) deve tirar uma posição no período da manhã. A decisão será tomada em uma reunião do conselho deliberativo de representantes do Sindicato, composto por núcleos de três membros da direção e três representantes de base para cada um dos 62 municípios que participam da greve.
Após assembléia, os professores fazem um ato no Buraco do Lume, próximo ao acampamento da Rua da Ajuda, que se mantém firme em frente à Secretaria estadual de Educação, no centro do Rio.
Confira as principais reivindicações que levaram os professores a manterem a greve:
- Reajuste imediato de 26%;
- Descongelamento do Plano de Carreira dos funcionários administrativos;
- Acerto do piso dos funcionários administrativos;
- Reajuste anual para toda a categoria;
- Incorporação imediata da gratificação do Nova Escola;
- Redução da carga horária dos funcionários administrativos para 30 horas;
- Devolução de R$ 50,00 retirados dos contracheques dos funcionários administrativos;
- Pagamento das dívidas de enquadramento;
- Suspensão do Projeto Conexão;
- Ato de investidura do animador cultural;
- Regularização das remoções de profissionais, licenças médicas e licenças sindicais;
- Retomada dos concursos para professores Doc II;
- Revitalização do Iaserj.

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