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Publicado em 20 de setembro de 2011 às 11h28min
Tag(s): Educação
A capital da Espanha, Madri, enfrenta a partir desta terça-feira (20) um dos maiores protestos liderados por professores de sua história. Os sindicatos do setor afirmam que 80% dos professores do ensino secundário e de regime especial aderiram à greve contra as medidas analisadas pelo governo regional, que podem causar demissões no setor. Já o Conselho Educacional afirma que a paralisação atinge 48% da categoria.
Os sindicatos afirmam que a decisão do governo, além de provocar mais desemprego entre os professores, prejudica a qualidade do ensino, ao provocar o aumento de alunos por turma. Os docentes exigem que o Ensino fique fora dos cortes orçamentais promovidos pelo governo para reduzir o déficit.
As manifestações estão concentradas no centro de Madri, mas há protestos nas comunidades de Galícia e de Castilla-La Mancha. Uma greve dos professores da Galícia está convocada para esta quarta-feira. No resto da Espanha, haverá uma jornada de luta, com a realização de assembleias nas escolas. As entidades de pais apoiam o protesto.
Os professores receberam um inesperado protesto por parte da presidente da comunidade madrilenha, Esperanza Aguirre, que afirmou que, "se a educação é obrigatória e gratuita numa fase, talvez não tenha de ser gratuita e obrigatória em todas as outras fases". Os sindicatos acusaram Aguirre, do Partido Popular (PP), de pôr em dúvida a gratuitidade do ensino.
Na Espanha, a educação é competência dos governos regionais.
Na América Latina, os estudantes do Chile organizaram paralisações que duraram mais de três meses. Houve embates entre manifestantes e forças policiais. Os chilenos reivindicam a implementação de ensino superior público no país e várias mudanças na área educacional.
Fonte: Portal Vermelho com agências