Alemanha assina acordo de participação no programa Ciência sem Fronteiras

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 17h05min

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A cooperação Brasil-Alemanha, no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras, foi oficializada nesta segunda (19), no 29º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua congênere alemã, a Bundesverband der Deutchen Industries (BDI), no Rio de Janeiro (RJ). Os memorandos de entendimento foram assinados pela secretária-geral do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), Dorothea Rüland; o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, e o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva.
"É extremamente importante (assinar este acordo). Temos realizado colaborações em muitos programas, mas o Ciência sem Fronteiras é um investimento no futuro do Brasil e queremos fazer parte disso", afirma Dorothea Rüland. Jorge Guimarães destaca que, apesar de ser um programa de curto prazo (quatro anos), será uma oportunidade "para expandir muito o intercâmbio". "Atualmente mandamos muito mais estudantes do que recebemos, mas estamos com a expectativa de também aumentar o fluxo de lá para cá, sobretudo na área de graduação", detalha.
Atualmente, aproximadamente dois mil estudantes e pesquisadores brasileiros frequentam universidades e institutos de pesquisas na Alemanha. O trabalho conjunto entre o DAAD e as agências brasileiras vem sendo realizado há mais de 40 anos. "É uma maravilhosa oportunidade para o Brasil e nós estamos dispostos a trabalhar, numa via de mão-dupla. E no fim, teremos grandes redes em diferentes campos. Hoje as pesquisas lidam com grandes problemas, como o câncer e a Aids, e não se pode falar nelas sem pensar em colaborações internacionais", destaca Rüland.
O presidente da Capes sublinha que o Brasil tem "muitos atrativos para os estudantes estrangeiros", como energia, biotecnologia, gestão ambiental, diversidade e petróleo. "O Brasil é líder em algumas dessas áreas e os alemães também têm muita experiência nesses setores, de modo que é um intercâmbio importante de informações", justifica.
O DAAD é a maior organização de intercâmbio acadêmico e científico do mundo, com orçamento superior a 300 milhões de euros e mais de 57 mil fomentados (alemães e estrangeiros) anualmente.
Encontro - O EEBA existe desde 1974 com o intuito de fortalecer as relações entre Brasil e Alemanha. Este ano o tema é "Inovação para competitividade". Cerca de dois mil empresários e autoridades participam do evento discutindo temas como inovação e pesquisa, mobilidade urbana, infraestrutura, oportunidades na área de petróleo e gás, logística, energia renovável e investimentos em obras para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. É a primeira vez que o evento é realizado no Rio de Janeiro.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, destaca que receber o encontro proporcionou a "clareza" de que "o Brasil fez seu dever de casa" ao consolidar a democracia e a liberdade nos negócios. Por sua parte, Sérgio Cabral, governador do estado, lembra que nos processos de comércio exterior realizados pelo Brasil "não são deixados de lado o respeito aos direitos humanos, a democracia e a liberdade"
Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente do Sistema Firjan, afirma que ambos os países se encontram "em uma fase extraordinária de estabilidade e crescimento" e o presidente da CNI, Robson Andrade, destaca que o encontro "reflete a sólida relação entre Brasil e Alemanha, seu histórico de amizade e colaboração, com laços empresariais". Andrade lembra que mais de 1.200 empresas de origem alemã atuam hoje no Brasil e que aquele país investiu 23 bilhões de dólares de janeiro a julho de 2011, o triplo do ano passado no mesmo período.
"Os brasileiros estão cansados de ouvir que o Brasil é o país do futuro, mas pode-se dizer que o futuro começou há muito tempo. O incrível crescimento brasileiro está impressionando a Europa", afirma o vice-ministro de Relações Exteriores alemão, Werner Hoyer, lembrando que cerca de 11 mil brasileiros estão estudando a língua alemã atualmente. "Brasil e Europa podem configurar uma nova ordem. Estamos unidos pelo respeito à dignidade do ser humano, que é intangível e não existe em todos os países. Por isso temos essa parceria privilegiada", conclui.
O Encontro Econômico Brasil-Alemanha termina hoje (20). Confira mais informações: http://www.cni.org.br/portal/main.jsp?lumChannelId=8A901CE4205B44DC01205EA2F7C037CB

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