Censo indica queda de matrículas no País

Publicado em 26 de setembro de 2011 às 09h11min

Tag(s): Educação



Houve queda no número de matrículas na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio das redes estaduais e municipais, urbanas e rurais, do País entre 2009 e 2011, apontam dados preliminares do Ministério da Educação (MEC) divulgados ontem no Diário Oficial da União.
Levantamento feito pelo Estado comparando dados finais de 2009 com os preliminares de 2011 mostra que o número de matrículas caiu de 3,71 milhões para 3,52 milhões na pré-escola (-5,1%); de 14,94 milhões para 13,73 milhões nos anos iniciais (1.º ao 5.º) do ensino fundamental (-8,1%); de 12,66 milhões para 12,06 milhões nos anos finais (6.º ao 9.º) do ensino fundamental (-4,73%); e de 7,25 milhões para 7,16 milhões no ensino médio (-1,29%). As matrículas da educação especial não foram consideradas. As de creches seguiram movimento contrário e aumentaram de 1,24 milhão para 1,46 milhão (+17,13%).
Comparando os números parciais aos consolidados de 2010, a variação sempre ficou abaixo de 1%, à exceção do ensino médio, que foi de 2,6%. Se isso ocorrer neste ano, a tendência de matrículas no ensino médio pode mudar.
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do MEC que coordena o censo, os números podem ser corrigidos ou complementados. "As instituições têm 30 dias para ratificar ou alterar algum dado", informou. Questionado sobre a oscilação dos números, o Inep considerou "infundada a comparação entre dados consolidados e dados preliminares".
Números consolidados. No ano passado, a oscilação entre os números parciais e os consolidados do censo foi mínima - no caso de matrículas em creches, o número final foi 0,13% superior ao inicial; quanto às pré-escolas, a variação foi também positiva, de 0,55%; nos anos iniciais de ensino fundamental, de 0,4%.
Mas a comparação entre dados finais de 2009 e 2010 aponta queda no número de matrículas na pré-escola, no ensino fundamental e no ensino médio, considerando o tempo integral (mais de sete horas) e parcial.
No recorte feito nos anos iniciais de ensino fundamental, por exemplo, houve queda de 11,21% nas turmas de tempo parcial e aumento de 66,76% nas de tempo integral nos últimos três anos. Mesmo assim, o número global de matrículas nos anos iniciais do fundamental caiu, pelo fato de as matrículas de tempo parcial serem mais numerosas.

Estadão

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