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Publicado em 27 de setembro de 2011 às 09h17min
Tag(s): Educação
Mais de mil estudantes iniciaram nesta segunda-feira (26) uma marcha em repúdio à determinação do prefeito de Providencia, na região metropolitana de Santiago, Cristian Labbé, de fechar os colégios de sua cidade ocupados pelos estudantes e negar a renovação de matrículas de alunos de outros municípios do país.
A marcha, não autorizada pela prefeitura, reúne estudantes dos colégios afetados e de outras instituições de ensino de Santigo, como o Liceu de Aplicação, o Liceu de Meninas e o Instituto Nacional. Eles caminham em direção à sede da Prefeitura para realizar uma manifestação contra o governante.
"Gritaremos e faremos um 'panelaço' para mostrar nosso repúdio em relação às ações anunciadas na sexta-feira (23) e contra a repressão generalizada", assinalou a porta-voz dos estudantes secundaristas, Danae Díaz.
Labbé, ex-coronel do Exército e próximo colaborador do ex-ditador Augusto Pinochet, solicitou na sexta-feira a presença policial nos colégios José Victorino Lastarria e Carmela Carvajal, conhecidos por seu rendimento de excelência.
Na ocasião, a polícia reprimiu duramente os estudantes dentro da escola Lastarria com gases lacrimogênios. O presidente do Centro de Alunos do colégio disse que com a marcha eles querem mostrar que o prefeito mente, "que aqui se jogaram lacrimogênios, que aqui houve enfrentamentos".
Labbé, do partido governista UDI (União Democrática Independente), garantiu na noite do último domingo (25) que informou ao governo previamente sobre sua decisão. O ministro da Educação, Felipe Bulnes, no entanto, desmentiu nesta segunda-feira.
"Quero desmentir categoricamente o que assinalou ontem o prefeito Labbé de que havia me informado do conjunto de decisões que adotou na sexta-feira", declarou Bulnes.
O ministro acrescentou que "jamais foi informado pelo prefeito que ele pretendia declarar encerrado o semestre acadêmico ou o ano escolar, fechar os estabelecimentos de suas cidades e excluir os alunos que não forem da cidade".
Sobre as medidas, ele disse ainda que primeiro será avaliada a pertinência e validade legal destas. "Vamos determinar o canal correto e uma vez que o senhor Labbé explicitar exatamente o que está pensando vamos julgar a legalidade", completou.
Fonte: Ansa