Juventude e internacionalização mostram crescimento das ciências dos materiais no Brasil

Publicado em 04 de outubro de 2011 às 14h49min

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Com recorde de participantes e de trabalhos inscritos, o 10º Encontro Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais - SBPMat -, realizado em Gramado (RS), na última semana de setembro, mostra a pujança e a excelência da pesquisa em ciências dos materiais no Brasil.
O congresso teve 1.500 participantes e 1.800 trabalhos apresentados. O presidente da SBPMat, José Arana Varela, professor do Instituto de Química da Unesp, campus de Araraquara, destaca a participação de grande quantidade e mulheres e de jovens no evento. "65% dos participantes são alunos de graduação e pós-graduação, o que indica uma perspectiva de crescimento das ciências dos materiais no Brasil. Tivemos a presença de ilustres pesquisadores do exterior, com excelência e alto nível nas oito plenárias. Celebramos os 10 anos com a SBPMat consolidada e com muito otimismo para o futuro. A sociedade evoluiu de maneira espantosa com a participação de físicos, químicos, engenheiros e pesquisadores em biomateriais. Esse crescimento teve um impulso enorme sob a liderança do professor Elson Longo, o segundo presidente da SBPMat, que fortaleceu a entidade na comunidade nacional e buscou a interação com pesquisadores americanos, europeus e de todo o mundo. Ciência de alo nível tem que ter uma sociedade forte e internacional", disse Varela.
O professor Edson Roberto Leite, do departamento de química da Universidade Federal de São Carlos, enfatiza que nos últimos dois anos à frente da SBPMat o professor Varela aumentou o número de trabalhos inscritos e a internacionalização da sociedade. "Quem ganha são os pesquisadores, com um congresso que nos traz orgulho e excelentes perspectivas", declarou Leite.
Elson Longo, professor do Instituto de Química da Unesp, e diretor geral do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC) e do Instituto Nacional de Ciências dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN), disse que o professor Varela está de parabéns pois quebrou um certo mito de que a sociedade não passaria de 1.000 participantes. "Foram 1.500 inscrições e com a presença de ilustres participantes. A sociedade está internacionalizada, não só na América Latina, mas na América do Norte, Europa e Japão, o que fomenta o debate de alto nível, pois sem crítica não há evolução".
O professor Gary L. Messing, do Department of Materials Science and Engineering Pennylvania State University, University Park, PA USA, um dos participantes do congresso em Gramado, que retornou após 20 anos de sua primeira visita ao País, disse que observou um crescimento enorme da comunidade de materiais cerâmicos e elogiou o alto nível da pesquisa feita no Brasil. "Notamos trabalhos de alto nível e uma pesquisa forte no Brasil. É uma comunidade unida e com muitos jovens, que estão fazendo intercâmbio com laboratórios em todo o mundo, o que assegura um grande futuro. É muito importante esse movimento Ciência Sem Fronteira no Brasil, que deve servir de exemplo. Há um futuro brilhante e haverá uma evolução enorme nos próximos 5 a 10 anos nas áreas de materiais cerâmicos, energias alternativas e nanotecnologia, que se tornam um campo mais atrativo e com muitos desafios para jovens pesquisadores", disse Messing.
O professor sérvio, Goran Brankovic, chefe do departamento de ciências dos materiais do Instituto de Pesquisa Multidisciplinar de Belgrado, também ressaltou o elevado nível do congresso da SBPMat e a participação de jovens que "que mostram uma força brasileira muito grande nesta área".
O grupo liderado por Brankovic desenvolve pesquisas em materiais cerâmicos e nanoestruturados, com destaque para célula combustível, e há projetos de cooperação com o IQ/Unesp, em Araraquara, por meio de intercâmbio de jovens pesquisadores. "O Brasil é um país excelente para desenvolver pesquisas em cooperação e aprendemos com os brasileiros como fazer o crescimento da ciência. Temos planos para fazer mais intercâmbio de estudantes", disse.

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