Apenas três federais oferecem graduação em História da Arte

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 10h43min

Tag(s): Ensino Superior



Disciplina comum em cursos universitários de artes plásticas e visuais, História da Arte tornou-se há dois anos graduação na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Queremos preparar o aluno para a interpretação do objeto de arte, assim como para a compreensão dos próprios conceitos de produção artística nas múltiplas acepções que essas expressões assumem em contextos temporais e geográficos diversos”, diz a professora Ana Maria Hoffmann, docente na instituição paulista. Além da Unifesp, as Federais do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul oferecem o curso no País, de acordo com informação constante no site do Ministério da Educação.
Para Ana Maria, o mercado, embora pequeno, traz cada vez mais oportunidades: “As atividades na área têm crescido muito. Há uma demanda reprimida”.
Os futuros bacharéis - a primeira turma vai se formar em 2012 - poderão trabalhar como curadores de exposições e como pesquisadores em museus, acervos e instituições ligadas ao patrimônio histórico e artístico. A gestão cultural e a atuação acadêmica também aparecem como opções.
Com toda essa abrangência, o perfil do estudante é diversificado. “Temos pessoas interessadas em dar aula, em se dedicar à pesquisa e artistas”, conta a professora da Unifesp.
Opinião do especialista
ANA MARIA HOFFMANN
DOCENTE DO CURSO DE HISTÓRIA DA ARTE DA UNIFESP
“No bacharelado, o aluno tem a oportunidade de estudar mais detalhadamente questões da historiografia artística propriamente dita.”
História da Arte
Salário inicial estimado: R$ 3 mil
Duração: 4 anos
Disciplinas: Arte ocidental, arte da Ásia, do mundo árabe e ameríndia e estudos visuais e da imagem, filosofia da arte e estética
VIDA DE ESTAGIÁRIO
Produção de mostras artísticas dá experiência a estudante
Quando o curso de História da Arte da Unifesp foi criado, em 2009, Jade Medeiros encontrou seu espaço profissional: “Sempre gostei do assunto e nunca quis fazer artes plásticas”, diz a jovem de 21 anos. Desde junho, ela faz estágio de seis horas por dia em uma empresa especializada em montagem de exposições.
Na área de produção, ela contribuiu para a viabilização da mostra “Índia”, aberta ao público na última quarta-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB): “Cuidei de coisas como a organização das imagens e os contratos de transporte de obras. Meu trabalho é de bastidores”.
Jade está no sexto semestre da graduação e, por enquanto, não restringe seu leque de opções. “A produção me atrai, mas adoraria ter experiência em museus e em arquivos.” Ela também não descarta a possibilidade de seguir carreira como pesquisadora.
Para a jovem, atuar como monitora foi outra experiência recompensadora. “Fiz estágio na 29ª Bienal de São Paulo, mas na área educativa, com crianças e pessoas de todas as idades”, conta.
QUEM É
Jade Medeiros
ALUNA DO CURSO DE HISTÓRIA DA ARTE DA UNIFESP
CV: Está no sexto semestre e faz parte da primeira turma na instituição paulista. É estagiária em uma produtora de exposições desde junho. Em 2009, atuou como monitora na área educativa da 29.ª Bienal de São Paulo

Estadão

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