Dez mil marcharam para exigir 10% do PIB para a Educação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 11h01min

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“Dez mil pelos 10% do PIB para a Educação”. Esse foi o tema da 5ª Marcha Nacional em Defesa da Educação Pública de Qualidade, onde professores de todo o país ocuparam, nesta quarta-feira (26), a Esplanada dos Ministérios em uma marcha para pressionar parlamentares a defender a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação. Muitos estudantes, que também defendem a medida, estiveram presentes no ato.
O presidente da União Nacional dos Estidantes (UNE), Daniel Iliescu, caminhou ao lado dos docentes, reforçando a postura da entidade em relação à necessidade de se ampliar os investimentos em Educação. Atualmente, a UNE encabeça um abaixo-assinado envolvendo diversos setores da sociedade pela aprovação dos 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal como recursos a serem investidos exclusivamente no setor educacional.
“Desde 2009, trabalhamos em parceria nessa luta. Para esta semana já está marcada reunião com o relator do PNE (Programa Nacional de Educação), Ângelo Vanhoni, para apresentar o relatório com as emendas ao programa. Como temos muitas opiniões convergentes, em especial com os 10% do PIB, estamos juntos em mais um capítulo dessa batalha para levantar essa campanha”, explicou Iliescu.
A marcha foi organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e superou a expectativa de todos os organizadores. Outros movimentos sociais também marcaram presença e estiveram presentes, somando mais de dez mil participantes que ocuparam as ruas do Planalto Central exigindo melhorias no setor.
Todos eles caminharam do Estádio Mané Garrincha até o Congresso Nacional, passando, também, pelo Palácio do Planalto. Após a caminhada, foi realizado um ato público em frente ao Congresso.
“Essa marcha é fundamental para que a gente consiga interferir no Congresso Nacional e obter deles o compromisso de aprovar 10% do PIB brasileiro para ser investido na educação. Todos nós sabemos que é um debate delicado, mas temos que pressionar sempre”, declarou o presidente da CNTE, Roberto Leão, ao comentar sobre um dos três principais pontos de reivindicações da manifestação.
Outras reivindicações
Os outros dois focos centrais dizem respeito à aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) pelo Congresso Nacional e o cumprimento integral, em todo o Brasil, da lei do piso salarial do magistério, que atualmente é R$ 1.187,97. A CNTE defende o valor de R$ 1.597,87.

Assinaturas
A Campanha Nacional Pelo Direto à Educação conseguiu 10 mil das 140 mil assinaturas coletadas em todo o país para os cartões postais de apoio aos ideais da marcha. Parte desses cartões assinados foi entregue para o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e para a presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), que prometeu levar as assinaturas para a presidenta Dilma Rousseff.
Leão afirmou que é possível ainda uma reunião com a presidenta da República. “Estamos construindo com o ministro a possibilidade de termos uma audiência com a presidente Dilma Rousseff. Temos que iniciar um processo de busca de soluções com uma certa urgência e sei que diversos movimentos sociais, como é o caso da UNE, estão com a gente”, declarou.
O ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), recebeu membros da CNTE ao final da atividade. Haddad também recebeu parte dos cartões assinados por brasileiros de todo o país.
Fonte: Portal Vermelho com informações da UNE e CNTE
 

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