Brasil e União Europeia debatem mecanismos de avaliação e mobilidade de pesquisadores

Publicado em 22 de novembro de 2011 às 15h11min

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O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) sediou nesta segunda-feira (21), em Brasília, o "Seminário Brasil-União Europeia Oportunidades e perspectivas para a mobilidade de pesquisadores". O evento discutiu as oportunidades, mecanismos de avaliação, diretrizes e necessidades para ampliar a mobilidade de pesquisadores brasileiros e europeus.
O debate teve a participação de representantes do CNPq, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do chefe da Divisão de Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ademar Cruz Seabra. A UE integrou as discussões por meio do diretor de Ensino para Adultos, Educação Superior e Assuntos Internacionais, da Direção Geral de Educação e Cultura da UE, Jordi Curell Gotor, que apresentou a dimensão internacional do Programa de Ação Popular Marie Curie.
A integrante da área de Cooperação Internacional da Direção Geral de Educação e Cultura da UE, Claire Morel, tratou sobre o programa Erasmus Mundus, que promove a cooperação e mobilidade no ensino superior entre a Europa e outros países; e o vice-chefe da Unidade para Cooperação Internacional em Política, da Direção Geral de Pesquisa e Inovação da EU, John Claxton, falou sobre o papel do Programa Euraxess para facilitar a mobilidade de pesquisadores brasileiros ao exterior e a vinda de estrangeiros ao Brasil, também participaram do seminário.
Cooperação - O evento foi encerrado pela embaixadora da UE, Ana Paula Zacarias, que destacou a existência de diversos problemas globais e a consequente necessidade da mobilidade para ajudar a solucioná-los. Ela afirmou que as discussões contribuíram para ampliar o conhecimento das características e necessidades do Brasil e da UE, bem como incentivar e promover a mobilidade de pesquisadores ampliando a interação nessa área.
"Hoje, pudemos focar nos pesquisadores. A mobilidade é central ao nível da nossa parceria, mas também em nível global. Isso exige que os cientistas possam se movimentar, isso é essencial para solucionar os problemas globais. Dessa forma poderemos ser uma verdadeira plataforma de integração", afirmou.
Na 5ª Reunião de Cúpula Brasil-União Europeia, realizada em 4 de outubro, na Bélgica, foram assinados acordos de cooperação entre o Centro Comum de Pesquisa da UE e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Desde 2004, Brasil e UE têm primado pela troca mútua de benefícios, informações, acesso recíproco às atividades e de proteção efetiva dos direitos de propriedade intelectual, permitindo a cientistas e instituições de pesquisa cooperar e iniciar atividades em uma ampla variedade de áreas científicas.
O acordo prevê a cooperação nas áreas de previsão de desastres e manejo de crises, mudanças climáticas e manejo sustentável de recursos naturais, energia, segurança alimentar, biotecnologias, ICT e nanotecnologias; assistência ao Centro Nacional Brasileiro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em São Paulo; a proposição de iniciativas conjuntas tendo em vista a Rio+ 20; além do trabalho conjunto para a elaboração de um roteiro técnico das atividades de cooperação prioritárias.

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