Brasileiros vencem em três categorias e recebem menções honrosas no Prêmio Mercosul de C&T

Publicado em 25 de novembro de 2011 às 16h49min

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O Brasil venceu três categorias no Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia, entregue no encerramento do 3º Fórum de Inovação das Américas (FIA 2011), na última terça-feira (22), em Montevidéu. O evento, que contou com ministros e autoridades de diversos países, discutiu questões como integração com empresas, propriedade intelectual e implantação de parques tecnológicos.
Este ano, o tema do prêmio foi "Tecnologia para o desenvolvimento sustentável". Lucas Mata, de 17 anos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, ganhou na Categoria Iniciação Científica, com o trabalho "Protótipos de Produção de dimetil-éter a partir do bagaço da cana: a transformação de resíduos em energia"; Rafael Panzetti, de 21 anos, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), venceu na Categoria Estudante Universitário com o trabalho "Biocompostos a partir de poli (etileno-acetato de vinil) (EVA) reforçado com fibra da planta"; e Neiva Laédna Souto, de 32 anos, ganhou uma menção honrosa com seu trabalho "Produção de H2 em catalisadores CuCeO2 sintetizados sem impregnação de espécies catalíticas ativas".
O Brasil também foi premiado na Categoria Integração pelo trabalho "O problema do arsênico no Mercosul. Uma abordagem integrada e multidisciplinar na investigação e desenvolvimento para contribuir para sua solução", que reuniu pesquisadores brasileiros, argentinos, chilenos e uruguaios. Além disso, o País recebeu outra menção honrosa pelo trabalho "Estratégias biotecnológicas para o controle de doenças bacterianas e por protozoários intracelulares que afetam o gado bovino no Mercosul", produzido ao lado da Argentina, Paraguai e Uruguai.
O Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia tem como objetivo reconhecer e premiar os melhores trabalhos de estudantes, jovens pesquisadores e equipes de investigação que representem uma contribuição potencial para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países membros e associados do Mercosul.
Reunião - Durante o FIA 2011, foi realizada a Segunda Reunião de Ministros e Altas Autoridades em Ciência e Tecnologia do Mercosul e Estados Associados, na qual participantes da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Colômbia e Equador estabeleceram prioridades científico-tecnológicas e de inovação produtiva para fortalecer o modelo de cooperação entre os países da região. O Brasil foi representado no evento pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ronaldo Mota.
Em declaração conjunta, os participantes avaliaram os resultados alcançados desde a primeira reunião, realizada em maio de 2006, na Argentina. Entre os avanços apontados está a definição de aspectos de política de ciência, tecnologia e inovação como estratégicos para o desenvolvimento das nações envolvidas. A declaração, ainda a ser aprovada, destaca os progressos feitos no estabelecimento e consolidação de atividades conjuntas para criar conhecimento, formação de recursos humanos altamente qualificados e na cooperação técnica, científica e tecnológica entre os membros dentro do Programa-Quadro de Ciência, Tecnologia e Inovação do Mercosul, criado em março de 2008 e ainda em vigor.
O trabalho realizado pela Reunião Especializada de Ciência e Mercosul Tecnologia (RECyT) conseguiu implementar e consolidar a cooperação regional, com iniciativas como o programa Biotecsur, o programa Digital Mercosul e o citado Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia. Os membros defenderam a importância do fortalecimento dos laços de cooperação através dos planos estratégicos e ações, bem como a criação de novos centros conjuntos de excelência e de mecanismos de coordenação com outros blocos regionais, favorecendo, particularmente, a cooperação Sul-Sul.
Na avaliação do secretário Ronaldo Mota, a integração no Mercosul e entre os países da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) terá essa união almejada a partir da intensidade dos intercâmbios em C,T&I. "Há clareza, por parte de todos os países da região, que a inovação é elemento chave na viabilização de um desenvolvimento social e econômico sustentável", avalia.
Por sua parte, a secretária de Planejamento e Políticas da Argentina, Ruth Ladenheim, afirmou em sua palestra que "na América Latina, a importância da inovação tem uma relação estreita com a geração de empregos, com a inclusão social e com a sustentabilidade". "As capacidades tecnológicas devem estar orientadas em direção às agendas locais, nacionais e regionais para satisfazer as demandas sociais e devem enquadrar-se dentro das matrizes econômicas de cada país, adaptando-se ao conjunto de atores sociais para conseguir que sejam aceitas e apropriadas corretamente", completou.

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