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Publicado em 29 de novembro de 2011 às 09h51min
Tag(s): Mudança
A professora Maria Cristina Victorino de França foi empossada nesta segunda-feira como reitora interina da Unir (Fundação Universidade Federal de Rondônia) pelo conselho superior da instituição. Ela era vice-reitora da universidade.
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A decisão foi tomada na manhã de hoje durante uma reunião do conselho, na qual foi apresentada uma carta com o pedido de renúncia do reitor José Januário de Oliveira Amaral. França ficará à frente da Unir por dois meses, até a realização de novas eleições. Esse prazo pode ser estendido.
Ele deixou o cargo em meio a greves de estudantes e professores e uma série de denúncias sobre supostas irregularidades na Riomar (Fundação Rio Madeira), ligada à universidade. Os ministérios públicos Federal e Estadual de Rondônia já instauraram procedimentos investigatórios sobre as denúncias.
Os pró-reitores da Unir colocaram os cargos à disposição da nova reitora. França disse, em entrevista à Folha, que vai visitar nesta tarde os comandos de greve de professores e alunos para negociar o fim das paralisações.
"Há uma vasta documentação lá dentro do prédio da reitoria [onde estudantes estão acampados há mais de 70 dias]. É preciso cuidado na desocupação do local para que, na transição, documentos não desapareçam. As denúncias são muito graves", afirmou.
GREVE
Os movimentos grevistas aguardam a publicação da exoneração de Amaral no "Diário Oficial da União", a ser feita pelo Ministério da Educação. Na última sexta-feira (25), os professores já discutiam o retorno às aulas.
A proposta é que as atividades sejam retomadas no próximo dia 5 e que as férias de fim de ano sejam praticamente suspensas. Segundo a categoria, não há possibilidade de cancelamento do semestre.
Em sua carta de renúncia, Amaral afirma que o pedido "não significa fuga da batalha nem tampouco o preservar de meu nome ou de minha integridade física e moral". Segundo ele, a universidade "passa por problemas que, infelizmente, fogem da minha alçada".
Ainda segundo o documento, Amaral diz que "lutamos incansavelmente para qualificarmos o quadro docente, dinamizarmos a iniciação científica abrindo a oportunidade para nossos jovens estudantes praticarem, vivenciarem e produzirem o conhecimento científico".
Reportagem da Folha publicada nesta segunda-feira mostra que professores da Unir estão gastando dinheiro do próprio bolso para bancar pesquisas, pagar funcionários e comprar material básico de consumo.
Laboratórios da universidade, como os dos departamentos de química e biologia, correm sério risco de explosão, segundo laudo do Corpo de Bombeiros.