Setor privado vai financiar 26 mil bolsistas no exterior

Publicado em 13 de dezembro de 2011 às 17h17min

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Autoridades do Executivo esperam que hoje, em cerimônia a ser realizada no Palácio do Planalto, representantes de empresas dos mais diversos setores anunciem ajuda financeira de aproximadamente R$ 1,3 bilhão.
Após meses de negociações, o governo federal conseguiu mobilizar o empresariado para impulsionar o programa Ciência Sem Fronteiras. Autoridades do Executivo esperam que hoje, em cerimônia a ser realizada no Palácio do Planalto, representantes de empresas dos mais diversos setores anunciem ajuda financeira de aproximadamente R$ 1,3 bilhão para bancar 26 mil bolsistas brasileiros no exterior até o fim de 2014.
Em julho, quando foi lançado, o programa previa que o governo bancaria 75 mil bolsas e a iniciativa privada outras 25 mil. Mas, na avaliação da presidente Dilma Rousseff, a ajuda dos empresários - que agora deve superar o estimado inicialmente - estava demorando a sair. Para mudar esse cenário, Dilma pediu à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e aos ministros da Educação e da Ciência e Tecnologia que cobrassem o apoio do empresariado.
Até ontem, o governo federal previa a adesão ao Ciência Sem Fronteiras da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), além da Petrobras, Eletrobras e Vale. A operacionalização do programa ficará sob a responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O objetivo do programa é qualificar profissionais nas áreas de exatas e outras ciências aplicadas, como engenharia, física, química, biologia, geociências, biomedicina, computação e tecnologia da informação, tecnologia aeroespacial, fármacos, produção agrícola sustentável, petróleo, gás e carvão mineral, energias renováveis, tecnologia mineral, biotecnologia, nanotecnologia, tecnologias de prevenção e mitigação de desastres naturais, ciências do mar e indústria criativa. Serão oferecidas bolsas a estudantes de graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado, pesquisadores e também para a formação de tecnólogos.
As metas da Capes e do CNPq já foram definidas, de acordo com o calendário do programa. Ligada ao Ministério da Educação, a Capes oferecerá 3,4 mil bolsas neste ano. A previsão para 2012, 2013 e 2014 é de, respectivamente, 10,2 mil, 12,2 mil e 14, 2 mil bolsas. Já o CNPq, órgão subordinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, oferecerá 3.890 bolsas neste ano, 6.140 em 2012, 10.230 em 2013 e 14.740 bolsas em 2014.
Nos últimos meses, enquanto a Casa Civil, os ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia e até mesmo a presidente Dilma pressionavam os empresários, Capes e CNPq articulavam, com diplomatas e representantes de universidades estrangeiras, parcerias para tirar o Ciência Sem Fronteiras do papel. Até agora, estavam mais avançadas as conversas com instituições dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Canadá.
No mês passado, integrantes da cúpula da Capes se reuniram com representantes da Academia Chinesa de Engenharia, do Instituto Chinês de Ciência e Tecnologia, professores de universidades chinesas e empresários do setor de tecnologia sobre o programa.

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