Reconhecimento internacional à pesquisa potiguar

Publicado em 24 de janeiro de 2012 às 14h49min

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Quando iniciou seus estudos sobre as condições climáticas do Nordeste brasileiro e suas implicações na saúde da população, a professora Selma Jerônimo, do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, não podia imaginar até onde chegaria.
Hoje, o resultado de suas pesquisas merece reconhecimento internacional e o seu empenho e dedicação tornaram possível à UFRN projetar uma unidade de pesquisas voltada especificamente para o estudo de doenças tropicais, o Instituto de Medicina Tropical.
Neste mês de janeiro, a professora Selma Jerônimo voltou a ocupar espaço entre os periódicos internacionais, mais especificamente na revista eletrônica Science Magazine, que fez referência ao seu estudo sobre causas da doença Leishmaniose em áreas precárias de Natal. A revista eletrônica Science Magazine é um periódico científico semanal internacional, editado pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS).
Atualmente, a professora estuda a Leishmaniose na forma mais perigosa, a visceral, que provoca a morte, mesmo com tratamento. Os estudos apontam que a pobreza interfere no processo, porque os mosquitos que transmitem a doença proliferam nas condições sanitárias precárias, condições essas encontradas em muitas áreas pobres e subdesenvolvidas das cidades.
As novas pesquisas, segundo o artigo, buscam formas de controlar a disseminação da doença e identificação dos genes que tornam as pessoas suscetíveis. Como parte de uma equipe internacional que estuda as doenças tropicais, a professora Selma Jerônimo dirige um laboratório com 20 alunos brasileiros e alguns cientistas estrangeiros visitantes.
Referência à cientista
Além do destaque para suas pesquisas, a professora Selma Jerônimo mereceu referências à sua história acadêmica e de vida.
A revista Science Magazine traz uma retrospectiva da vida da pesquisadora, da sua infância na cidade de Serra Negra do Norte (RN), ao período em que cursou Medicina, na UFRN, e aos seus estudos de pós-graduação, que inclui o doutorado em Biologia Molecular, pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Apesar do reconhecimento, a professora sabe das dificuldades que encontra para realizar o seu trabalho, revela o artigo, com destaque para o otimismo da professora e sua crença na ciência: “Essas coisas levam tempo demais, se arrastando por meses ou até mesmo um ano. Relembrando a época em que eu era estudante, a mudança no clima científico é como noite e dia”, ressalta Selma Jerônimo.

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