Relatório sobre computação em nuvem critica Brasi

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 16h20min

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Um relatório do setor de software dos Estados Unidos, divulgado ontem (22), criticou Brasil, China e Índia por políticas que podem ameaçar o futuro da computação em nuvem.
A Business Software Alliance (BSA), que representa pesos pesados do software nos EUA como a Microsoft, informou que o Brasil ficou no último lugar entre os 24 países pesquisados, com 35,1 pontos de um total de 100 possíveis, devido a políticas em áreas como livre comércio, segurança, privacidade de dados e combate a crimes de computação.
A Índia, que abriga o segundo maior setor mundial de software, inferior apenas ao dos Estados Unidos, e a China, cujo setor de tecnologia de informação e comunicações deve dobrar e movimentar US$ 389 bilhões até 2015, também estavam entre os seis últimos colocados, com 50 e 47,5 pontos, respectivamente.
Computação em nuvem é um termo que abarca software, armazenagem, poder de processamento e outros serviços prestados via internet a clientes, por centrais de dados remotas. A demanda por software em nuvem vem subindo rapidamente porque essa abordagem permite que as companhias comecem a utilizar software novo mais rápido e a custo mais baixo do que o dos produtos tradicionais, instalados nas máquinas do cliente.
Um grande propósito do relatório é unir a "comunidade internacional da tecnologia em torno da necessidade de uma maior harmonização de leis, para que uma nuvem verdadeiramente mundial possa existir", disse Robert Holleyman, presidente da BSA.
O Brasil marcou apenas 1,6 de 10 pontos possíveis quanto a políticas de combate a crimes de computação, uma área que deve se tornar um desafio cada vez maior, porque mais e mais informações estarão concentradas em grandes centrais de dados, o que as torna alvos atraentes. Japão teve a maior nota geral, de 83,3 pontos, seguido por Austrália, Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido e Coreia do Sul, todos pouco abaixo dos 80 pontos.
Mesmo que o Brasil tenha ficado em último no estudo, Holleyman se declarou mais otimista quanto a reformas no País do que na China. "Há provavelmente maior oportunidade de avanço no Brasil, se demonstrarmos as lacunas que vemos no momento e o efeito negativo que essas políticas terão sobre a economia do País", disse. "Em outros mercados, especialmente a China, o desafio será maior", acrescentou.
A íntegra do relatório está disponível em www.bsa.org.

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