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Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 10h15min
Tag(s): Enem
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) planeja ampliar o volume do Banco Nacional de Itens (BNI) para poder, no futuro, fazer duas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por ano. Nesta sexta-feira (24), uma portaria publicada no "Diário Oficial da União" instituiu a realização de oficinas "de elaboração e revisão de itens para o BNI", que contarão com a participação de professores de universidades federais já credenciados pelo banco de colaboradores do Inep.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a portaria é um complemento a um edital publicado em 2011 que credencia universidades federais a participarem do processo de elaboração de questões para exames do MEC.
Pelo edital, as instituições têm um ano para que seus professores, já capacitados pelo ministério, produzam as questões, que podem ou não ser usadas nas provas oficiais, já que cada questão é avaliada e aprovada por meio de um pré-teste.
A portaria desta sexta-feira, segundo o Inep, permitirá que esses mesmos professores possam ser convocados a qualquer momento para eventuais oficinas de "força-tarefa", caso o MEC identifique no BNI a necessidade de elaboração de mais itens de alguma disciplina ou área do conhecimento específica.
O BNI é o banco de dados que reúne as questões usadas em todos os exames realizados pelo MEC.
Segundo a assessoria de imprensa, além do Enem, o BNI alimenta as provas do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), da Provinha Brasil, do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), do Exame Nacional de Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), da Revalidação dos Diplomas Médicos (Revalida), da Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente, do Certificado de Proficiência na Língua Brasileira de Sinais (Prolibras) e do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa (Celpe-Bras).
Pelo trabalho instituído pela portaria, os colaboradores eventualmente convocados para a "força-tarefa" receberão o valor fixado por decreto em 2007, e atualizado em 2011, para esse tipo de atividade: R$ 400 por dia pela participação nas oficinas, R$ 200 por item elaborado e aceito no BNI, R$ 100 por item revisado e aceito no BNI, R$ 100 por parecer emitido após revisão de itens e R$ 1.500 pela coordenação da oficina.
Segundo o site do Inep, 15 universidades e institutos federais foram credenciados em maio do ano passado por meio do edital. Em junho, os coordenadores foram treinados e indicaram os professores que, em julho, também passaram por uma capacitação sobre a elaboração de itens.