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Publicado em 13 de março de 2012 às 10h27min
Tag(s): Educação
Os professores da rede pública do Distrito Federal entraram em greve nesta segunda-feira, 12. Eles exigem equiparação salarial com outras carreiras de ensino superior do governo do DF. A paralisação mobiliza cerca de 12 mil docentes e não tem data para acabar.
O governo alega que não pode conceder aumento de salário para não ultrapassar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Os professores do DF recebem o piso salarial da categoria, ao contrário de seus colegas de 17 Estados, segundo mostrou levantamento divulgado hoje pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Para exigir de governos estaduais e prefeituras o cumprimento da Lei do Piso do magistério, professores vão paralisar as atividades de quarta-feira, 14, a sexta-feira, 16.
O presidente da CNTE, Roberto Franklin Leão, destaca que o movimento pode ser ampliado, por tempo indefinido, conforme as assembleias da categoria em cada Estado.
“Os professores farão atos públicos e passeatas em vários Estados brasileiros. A chamada da CNTE é de três dias para fazer uma avaliação, se continuará ou não com a greve. Cada Estado tem autonomia de fazer uma avaliação e ver a situação, decidindo se deve (manter) a greve”, disse Leão, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, que foi ao ar hoje.
Leão destacou ainda que o piso salarial em vigor no País – que é de R$ 1.451 – não atende às necessidades dos profissionais em educação. Segundo ele, pelos cálculos da CNTE, o ideal é fixar um piso de R$ 1.937.
“Os governadores e prefeitos em vez de buscarem formas de pagarem sem questionar, não, eles questionam o critério e o valor de reajuste. E, nós não aceitamos esse tipo de coisa e essa paralisação tem essa finalidade”, disse Leão.
Levantamento feito pela Agência Brasil publicado na semana passada aponta que nove Estados ainda não pagam o valor do piso aos professores: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Piauí, Ceará, Bahia, Alagoas, Amapá e Tocantins.
De acordo com o presidente da CNTE, atualmente muitos Estados e municípios não conseguem provar o que investem em educação. Pela Constituição Federal, no mínimo 20% do total arrecadado em impostos pelo Estado devem ser aplicados em educação.