UFRN propõe plano de expansão conjunto com as Instituições Federais de Ensino Superior do Estado

Publicado em 15 de março de 2012 às 15h19min

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Um diagnóstico da educação superior no Brasil com ênfase para a situação do Rio Grande do Norte foi apresentado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em reunião que discutiu a expansão das Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Norte, realizada durante toda a manhã desta quarta-feira, 14, na Sala de Reuniões do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).
Participaram da reunião a reitora da UFRN, Ângela Paiva Cruz, sua equipe de pró-reitores e o reitor do IFRN, Belchior de Oliveira Rocha, também acompanhado de sua equipe de pró-reitores.
Ângela Paiva Cruz propôs a construção de um plano de reestruturação e expansão, em conjunto com as Instituições Federais de Ensino Superior do Estado, trabalhando de forma “orgânica, sistêmica”, de modo a contribuir mais para o desenvolvimento do estado. “As instituições federais de ensino têm papel preponderante nesse desenvolvimento”, afirmou.
Falando do crescimento da UFRN, da UFERSA, da UERN e do IFRN, Ângela Paiva afirmou: “temos muitos desafios e não parece razoável continuarmos crescendo sem dialogar. Mas não desconhecemos o diálogo anterior”, disse referindo-se às gestões anteriores. Ela informou que a Andifes está trabalhando em um plano de expansão das IFES e há uma discussão preliminar sobre o Nordeste.
“Como estamos, onde estamos e para onde vamos e o que podemos prospectar sem superposições, esse é o desafio do crescimento. E não é somente a graduação, mas principalmente a pós-graduação”, disse a reitora da UFRN, que pretende colocar essa proposta de um pacto para expansão dentro da proposta da Andifes.
Diagnóstico
O pró-reitor de Planejamento da UFRN, João Emanuel Evangelista, e o pró-reitor adjunto, Jorge Dantas de Melo, apresentaram um diagnóstico da educação superior no Brasil, mostrando que as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) são de elevar a taxa de matrícula do ensino superior em 50% e ampliar para 75% os docentes com titulação de mestre e 35% com titulação de doutor.
Baseado no Censo 2010, o diagnóstico apresentado mostrou que o ensino superior no Nordeste teve o maior crescimento entre 2001 e 2010, oferecendo o maior número de matrícula nas universidades federais.
Na apresentação feita pela equipe da PROPLAN/UFRN foi mostrada, ainda, a presença da UFRN e do IFRN no estado, os arranjos produtivos, a distribuição de profissionais e o potencial de crescimento. A concentração dos profissionais está em Natal, com exceções de algumas áreas. Os profissionais da saúde, por exemplo, são os que estão mais bem distribuídos no RN.
O reitor do IFRN, Belchior de Oliveira Rocha, elogiou o levantamento feito pela UFRN e afirmou que essa proposta atende ao que o IFRN estava pensando. O IFRN atua hoje em 16 municípios, mas “ainda é pouco”, afirmou o reitor, destacando que há grandes vazios no estado. Ele falou sobre a lei dos IFS, que prevê um percentual de 50% para o ensino técnico. Dentro desse total, é preciso oferecer 20% de licenciaturas (formação de professores), afirmou o reitor. A pós-graduação, disse, é uma necessidade e a ideia é articular um plano de pós-graduação com a UFRN, pois “precisamos qualificar nosso quadro docente”.
Belchior Oliveira disse que concorda com a soma de esforços das instituições federais para que “possamos dar instrumento para o desenvolvimento de nosso estado”. Hoje, todos os campi do IFRN têm um foco tecnológico e demanda por curso superior. “Passamos por grande expansão, com a oferta de vagas quase dobrando - estamos com 18 mil alunos -, que se deu num curto tempo, mas precisamos dessa consolidação”, disse o reitor justificando sua disposição em participar do plano proposto pela UFRN.

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