Unidades precisam de vida acadêmica

Publicado em 09 de abril de 2012 às 11h53min

Tag(s): Educação Superior



Os vazios educacionais existem, a expansão das instituições é importante, porém não basta crescer em quantidade. Centralizadas no interior e essencialmente voltadas para a filosofia da interiorização, UERN e Ufersa trabalham hoje com a ideia de crescer verticalmente. Ou seja, fomentar cursos de pós-graduação e desenvolver projetos de pesquisa com a meta de qualificar o corpo docente. O trabalho está em sintonia com os objetivos traçados no Plano Nacional de Educação (PNE) de elevar para 75% os docentes com titulação de mestre e 35% com titulação de doutor.
A formação de professores dentro das universidades promove o crescimento auto-sustentável das instituições, conforme observa o reitor da UERN, Milton Marques. "Quanto maior o número de professores, maiores as possibilidades de acesso à graduação", afirma. O reitor da Ufersa, Josivan Barbosa, reforça também que as especializações se apresentam como fundamentais no desenvolvimento das cadeias produtivas dos municípios. "As atividades podem ser mais competitivas a partir do momento que se forma mão-de-obra capaz de gerar inovação", avalia.
Como reitora da maior universidade do estado, Ângela Maria Paiva ressalta que além do crescimento próprio, a UFRN também deve cumprir o papel de apoiar o desenvolvimento das demais representantes do ensino superior público. "As outras instituições são menores, têm um menor número de professores e grupos de pesquisa ainda em consolidação. Elas também precisam de pessoal especializado", analisa. Hoje a UERN possui 20 cursos de especialização, e sete mestrados. A Ufersa por sua vez tem dez programas de pós-graduação.
Mais do que as metas do PNE, a UERN busca uma maior autonomia financeira. Sustentada com recursos do Governo do Estado, a Universidade Estadual mira a concorrência em editais das agências de fomento do ensino superior. "Precisamos captar recursos de fora, não ficando tão dependente. Isso também alivia os cofres do Estado", afirma o reitor Milton Marques. O respaldo orçamentário, que será de R$ 207 milhões - mais de 90% do governo - é considerado insuficiente para se pensar em expansão. "Existe essa dificuldade, e ela trava o desempenho da instituição", acrescenta.
Quando fala em crescimento travado, Milton Marques se refere a pendências nos campus de Natal, Mossoró e Caicó, todos relacionados às estruturas físicas. Na capital potiguar, a UERN ainda aguarda o acabamento do novo prédio na avenida João Medeiros Filho, na zona Norte, para transferir os cursos da unidade localizada na avenida Ayrton Senna, que funciona em um prédio alugado. Marques coloca como fundamental a consolidação dos projetos para que a universidade atenda solicitações de novos cursos nas três cidades.
Presença do ensino público no interior
IFRN
Apodi
Caicó
Currais Novos
Ipanguaçu
João Câmara
Parnamirim
Pau dos Ferros
São Gonçalo do Amarante
Santa Cruz
Nova Cruz
Mossoró
Macau
Em construção:
Campi de São Paulo do Potengi, Canguaretama e Ceará-Mirim.
UERN
Assu
Pau dos Ferros
Patu
Caicó
Núcleos avançados:
Alexandria
Apodi
Areia Branca
Caraúbas
João Câmara
Macau
Nova Cruz
Santa Cruz
São Miguel
Touros
Umarizal
UFRN
Campus:
Caicó - CERES
Curais Novos - CERES
Macaíba - Escola Agrícola de Jundiaí
Santa Cruz - Faculdade de Excelência do Trairi (FACISA)
Ações de extensão em universitária em 62 municípios e 23 pólos de educação à distância, dos quais 15 estão no RN e 8 na Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
UFERSA
Campus:
Mossoró
Angicos
Caraúbas
Pau dos Ferros
Fonte: Diário de Natal
 

ADURN Sindicato
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