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Publicado em 19 de abril de 2012 às 09h19min
Tag(s): Cultura
É fundamental que a literatura oral indígena seja conhecida e reconhecida como criação artística, da mesma forma que são os livros escritos e publicados, afirma a antropóloga e escritora Betty Mindlin, sobre o livro "A criação do mundo e outras belas histórias indígenas", que será lançado amanhã (18), em São Paulo.
De autoria de Emerson Souza, indígena Guarani nhandeva, e do historiador e antropólogo Benedito Prezia, o livro traz depoimentos de lideranças indígenas, poemas, preces e mitos sobre a origem da humanidade, a partir da sabedoria popular e da oralidade dos povos.
Para Emerson, o livro é importante para o resgate da memória e o registro das histórias dos povos. “Chego à conclusão de que as histórias oficiais foram contadas da maneira ocidental, muitas vezes negando o direito de nós, indígenas, contarmos a nossa própria história”, disse.
Na publicação, incluem-se textos antigos de outros países, de autores indígenas como os mapuches, cheroquis, quéchuas, incas e maias, assim como materiais inéditos, resgatados pelo próprio autor. “Merece destaque o relato de Emerson, recitando os ensinamentos de sua mãe, Kunhã Nimuendu, e de seu tio, da aldeia Araribá, em São Paulo”, disse Betty.
Segundo Prezia, a proposta da publicação é colocar em destaque o viés de sabedoria e de beleza literária. “Ela serve para que se conheça tal acervo e se devolva aos povos indígenas o seu patrimônio.”.
Betty disse que é interessante perceber que o povo Guarani, com mais de 500 anos de contato, tem um de seus representantes com essa preocupação, de escrever e transmitir as histórias de uma forma elaborada e com o domínio da escrita.
“Queremos ajudar a construir outro Brasil, onde os indígenas tenham lugar e exista um efetivo diálogo entre as várias culturas e as formas de conhecimento”, disse Emerson.
Fonte: Rede Brasil Atual