Senado homenageia UnB com proposta de reflexão sobre futuro

Publicado em 24 de abril de 2012 às 12h09min

Tag(s): Educação Superior



Ao homenagear os 50 anos da Universidade de Brasília (UnB), nesta segunda-feira (23), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ex-reitor da instituição, ofereceu à aniversariante o texto Um presente para a UnB, no qual apresenta reflexões sobre o futuro da universidade no Brasil e no mundo. O cinquentenário foi comemorado em sessão solene do Congresso Nacional.
No texto, o senador Cristovam, que requereu a homenagem com a deputada Érika Kokay (PT-DF), levanta questionamentos sobre a integração entre educação superior e básica; a maneira de globalizar o sistema educacional sem perder o sentimento local; a estrutura multidisciplinar; a definição de qualidade em um mundo de rápida mutação; e formas de considerar as pessoas menos favorecidas economicamente.
– Decidi que o melhor presente para a UnB seria um conjunto de perguntas sobre o seu futuro e o futuro das universidades no mundo – explicou Cristovam.
Ao destacar que a UnB foi a primeira universidade brasileira a adotar o sistema de cotas para negros, o senador Paulo Paim (PT-RS) disse esperar que o Supremo Tribunal Federal (STF) declare a constitucionalidade da medida, em julgamento que pode ocorrer nesta semana. Para ele, a adoção do sistema de cotas foi uma atitude “revolucionária e corajosa” da universidade, que reforçou sua postura de “ter visão além de seu tempo”.
Na avaliação do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a UnB tem responsabilidade na construção de novos paradigmas e na análise do desenvolvimento econômico com ética.
– O grande desafio da universidade é resgatar o espírito de Brasília: empreendedor, ousado, inovador. E é nos momentos de grandes dificuldades que há possibilidade de mudança – disse.
O deputado Arlindo Chignalia (PT-SP) lembrou os principais momentos da história da universidade, especialmente a época do regime militar, na qual houve demissão de professores, invasão do campus (1968) e greves (1976 e 1977). Ele ainda ressaltou a “escolha difícil” de muitos estudantes, que abdicaram de suas profissões para ingressarem na política.
– Quando nos envolvemos, nos comprometemos, vamos além daquilo que imaginávamos ser possível – disse Chignalia.
A reativação do projeto original da UnB, de ser uma universidade com autonomia, foi defendida pelo deputado Paes Landim (PTB-PI). Ele opinou que a União deveria pagar o salário dos professores para que as crianças e jovens brasileiros tenham uma educação de qualidade.
Para o líder do PR na Câmara, deputado Izalci (DF), o grande desafio das universidades é estabelecer, juntamente com governos e empresas, plano estratégico para a educação. Na avaliação do deputado, tornar a educação uma prioridade é o grande desafio.
Izalci contou que, em encontro para tratar da reivindicação da aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria demonstrado não conhecer o Plano Nacional de Educação, o que simbolizaria a falta de prioridade do tema.
– Educação é prioridade, por enquanto, apenas nos discursos. Quando se fala em recursos, deixa de ser prioridade – disse Izalci.
Fonte: Agência Senado
 

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