Fórum discute edição de periódicos científicos

Publicado em 28 de junho de 2012 às 09h58min

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 A Universidade Estadual Paulista (Unesp) promoveu, nesta terça-feira (26), o 3º Fórum dos Editores das Revistas Científicas, no qual abordou o tema "As Universidades, as Sociedades Científicas e as Revistas: discutindo papéis".
O evento reuniu os responsáveis pelas publicações com o "Selo Prope", ou seja, que atendem a critérios internacionais de periódicos científicos. "Nosso objetivo é estar nos melhores indicadores", destacou a pró-reitora da Unesp, Maria José Soares Mendes Giannini.
O professor Sigmar de Mello Rode, da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, que além de presidente da Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec) é também editor científico da Brazilian Oral Research, falou do apoio da Abec aos profissionais que se dedicam aos periódicos e do trabalho em prol da melhoria das publicações nacionais.
Rode destacou, ainda, a importância deles no controle ético e na confiabilidade do material publicado. "O editor deve auxiliar os autores, pois nem todos são experientes", disse. Com relação aos avaliadores, ressaltou que esses necessitam ser encorajados a comentar os artigos e sugerir melhorias. "Além de atender os requisitos das bases de dados, os periódicos que desejam projeção internacional devem encontrar algum aspecto para superar os que já são indexadas", salientou.
Editor do Journal of Brazilian Chemical Society (JBCS), o professor Angelo da Cunha Pinto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou a rotina desse periódico, que é publicado desde 1977 pela Sociedade Brasileira de Química e indexado em oito das principais bases internacionais, entre elas a Science Citation Index.

Segundo o docente da UFRJ, os periódicos brasileiros devem se profissionalizar. A JBCS, por exemplo, adotou um procedimento profissional para a realização das atividades operacionais. Possui dois editores com doutorado em Química, que garantem o fluxo das atividades. Entre outras ações, a revista cobra de R$ 800 a R$ 1.000 para publicar uma pesquisa de capa. Assim como Rode, Pinto também defende o trabalho educativo do editor, no sentido de bem orientar os autores. "Nossa comunidade científica é recente", argumenta.
O evento recebeu também o professor Lewis Joel Greene, da USP de Ribeiro Preto, que abordou o tema "O Papel dos Editores Científicos". Houve, ainda, a apresentação de um sistema para identificação de plágio iThenticate.

Apoio às publicações - O Programa de Apoio às Publicações Científicas Periódicas da Unesp dá suporte institucional a 19 publicações que adotam os parâmetros de qualidade propostos pela Prope. Esse apoio consiste em financiamento para cada edição e o custeio de um estagiário para a assistência editorial.

A pró-reitora Maria José ressalta que o objetivo da iniciativa é conquistar reconhecimento internacional. Ela explica que os critérios de qualidade são rigor técnico, que seguem como parâmetro a normatização editorial, a pontualidade de publicação e a indexação em bases de dados, como, por exemplo, a Web of Science, Scopus, SciELO; e relevância, originalidade, contribuição científica, correção e estilo dos conteúdos.
Para dar visibilidade e facilitar o acesso aos periódicos com a marca de qualidade Prope, a Pró-reitoria está propondo a criação de uma página na internet onde serão reunidos os periódicos em um único ambiente virtual.
Na avaliação da professora Cleópatra da Silva Planeta, diretora da Revista de Ciências Farmacêuticas Básicas e Aplicadas, ter um periódico com respaldo institucional amplia a visibilidade do produto. "Mas contar com um assistente editorial faz toda a diferença".

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